O Departamento de Desporto e Saúde da Universidade de Évora promoveu, este mês, uma Aula Aberta sobre os negócios do futebol. A iniciativa decorreu no Auditório da Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus e contou com os contributos de duas figuras do negócio do futebol moderno, Luís Vilar, cara conhecida no mundo do comentário desportivo nacional, e Flávio Drolhe, Agente da FIFA.

 “É importante transmitir aos estudantes que o «evidence based practice» é o que garante os efeitos, uma decisão com recurso à ciência. A estatística tem de estar no suporte da evidência, independentemente da área do conhecimento”, realçou Luís Vilar, citado na nota enviada pela UÉ ao Ensino Magazine. “No negócio do futebol importa começar a ver que o futebol não é só o jogo, o que acontece dentro das quatro linhas. O marketing, a comunicação, a forma como interagimos com os adeptos do clube para potenciar receitas, a definição de estratégias com os stakeholders, todos estes fatores vão permitir o investimento em novos talentos e conseguir melhores resultados. Achei importante transmitir a tantos estudantes com ambições no mundo do futebol que devem olhar para esta realidade como um ecossistema complexo.”

Também, na mesma nota, Flávio Drolhe, advogado com pós-graduação em direito desportivo e negócios no Desporto e Agente da FIFA, destacou a relevância da “confiabilidade dos clubes, do networking e das relações interpessoais” no exercício da profissão de agente desportivo. “O agente é um vendedor, tem de conhecer muito bem o atleta com quem está a trabalhar para conseguir o melhor negócio, num mercado adequado a esse mesmo atleta. Todos os fatores emocionais do atleta são também de extrema importância na decisão, um agente tem de ter a capacidade de se colocar no lugar do atleta. Nós temos de conhecer as ambições deles e trabalhar em conjunto para as alcançar. E fazer a gestão de expectativa da carreira desse atleta”, concluiu.