Com o foco no humanismo nas organizações, Gabriel Leite Mota defende que se os estudantes estiverem desmotivados e sem objetivos não vão aprender coisas novas e rejeita entender a escola como um espaço onde impera a competição desenfreada. O único português doutorado em economia da felicidade contesta ainda que o PIB seja entendido como uma métrica fiável para avaliar o bem-estar das nações.
É no seu “atelier” em Serpa, na calmaria do Baixo Alentejo, que nascem os “cartoons” que no dia seguinte podemos ver nos jornais e na televisão. Luís Afonso, um caso raro de longevidade nesta arte e que cumpre no próximo ano quatro décadas de atividade, não abdica de conciliar a crítica, a irreverência e o humor.
Um maravilhoso mundo novo em muitos domínios da sociedade, mas com perigos à espreita. Voz autorizada em matéria de Inteligência Artificial, Paulo Dimas identifica os riscos e os benefícios, sem esquecer os impactos ao nível da educação.
Há 26 anos a residir nos Estados Unidos, Daniela Melo antevê «volatilidade» e «instabilidade social» após as eleições de 5 de novembro, caso Donald Trump seja derrotado por escassa margem.
É uma das mais respeitadas investigadoras na área da nutrição e defende um regresso às origens em matéria de comportamento alimentar. Conceição Calhau é da opinião que o autocuidado em saúde devia ocupar um papel central nas escolas, com a inclusão das temáticas alimentares na disciplina de Cidadania.
Portugal tem de agir depressa para promover a integração e a inclusão social dos migrantes. Para Cátia Moreira de Carvalho, apesar da escola ser um «laboratório» para a integração destas comunidades no nosso país, «não é imune ao preconceito e está muito permeável ao que vem do exterior.»
A pornografia “está a transformar por completo” as relações entre os jovens, alertou a presidente da Comissão Nacional de Proteção das Crianças e Jovens, para quem este fenómeno pode ser contrariado com “educação muito próxima”.
O «profissionalismo absoluto» será o fator chave para Portugal entrar para o “top” das 10 melhores seleções do mundo de râguebi. A convicção é de Tomás Appleton, que vestiu mais de uma centena de vezes a camisola da equipa nacional.
Nunca abrindo mão da sua tripla condição de docente, poeta e crítico literário, António Carlos Cortez traça um cenário sombrio sobre o estado da nação. Uma conversa transversal em que se fala dos agentes educativos, das elites governantes e até do «fascínio provinciano pela tecnologia», nunca perdendo de vista algumas das referências maiores da literatura nacional. Evocando Eça de Queiroz afirma que o único desígnio do país continua a ser «pagar impostos e pedir o empréstimo.»
Como inspetor da PJ a perseguir os criminosos, no organismo contra o “doping” no encalço dos batoteiros no desporto e na faculdade a ensinar os jovens que amanhã vão estar no mercado de trabalho. É esta a vida multifacetada de Rogério Jóia, que em entrevista fala, entre outros temas, de crime, segurança, administração pública e…touradas.
«A Justiça é um bem de luxo para quem a ela precisa de recorrer, mas tem sido o parente pobre dos sucessivos governos do país». Quem o diz é Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, que considera ainda que «quando a Justiça tarda, a Justiça falha.» Sobre o desafio de atrair e reter talento, a líder dos advogados portugueses sustenta que há um longo caminho a percorrer, sustentando que um cenário de advogados bem remunerados, com trabalho em permanência e condições dignas, «só mesmo nas séries televisivas.»
A corrupção é um crime difícil de investigar e de provar, «com custos económicos, sociais e políticos avassaladores.» Para João Paulo Batalha, a dissuasão deste fenómeno não se consegue agravando penas, mas antes melhorando a eficácia do sistema penal. O vice-presidente da Frente Cívica defende ainda que os populismos e os extremismos emergiram no nosso país porque não se alterou “a estrutura de economia corruptiva”.
Para crescer e desenvolver-se Portugal precisa de reformas urgentes, no âmbito fiscal, na Administração Pública e na Segurança Social. A ideia é defendida pelo ex-ministro da Economia, Carlos Tavares, que considera ainda que «o investimento em Educação tem sido muito grande», mas os resultados exigem «que se gaste melhor neste setor.» Sobre a temática da oferta e procura de qualificações, admite que existe «um ajustamento deficiente» que urge corrigir.
As pinturas rupestres do Vale do Tejo constituem um mundo novo, não só pela quantidade das gravuras, mas pela qualidade de algumas delas e pela sua extensão. Na sua maioria submersas pelas águas do Tejo, fruto da construção da Barragem do Fratel, são no entender de Martinho Batista, antigo diretor do Centro Nacional de Arte Rupestre e pioneiro no estudo daquelas gravuras, em 1971, o “complexo mais rico de arte rupestre que existe no território português”.
O sistema político e os partidos precisam de melhorar, mas as condições de atratividade também. Só deste modo será possível atrair os mais capazes que são formados nas universidades e levá-los a sentir o gosto de servir o país. Nos inúmeros conselhos que partilha, Rui Calafate defende que «transparência» deve ser a palavra-chave na relação entre eleitos e eleitores.
É possível ter um médico de família para cada português, mas esse objetivo só é alcançável com medidas para atrair e reter talento, estancando as saídas de profissionais do SNS para o setor privado. Nuno Jacinto, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, defende que os cuidados primários de saúde têm de ser a porta de entrada e a base do sistema de saúde e adverte que só com investimento nesta área será possível poupar recursos em toda a cadeia.
O Politécnico de Viseu (IPV) quer aumentar o número de alunos e pretende abrir o seu campus académico à cidade. José dos Santos Costa, presidente da instituição, apresenta as linhas estratégicas para o futuro. Sublinha a importância das parcerias e defende uma forte ligação às empresas e autarquias do distrito.
O Politécnico de Coimbra assume-se, cada vez mais, como uma instituição da região e não apenas de Coimbra. Jorge Conde, o seu presidente, explica o caminho percorrido que tem permitido abrir polos noutras localidades, levando o ensino superior a outros territórios vizinhos. Em entrevista, aborda também os investimentos superiores a 50 milhões de euros que estão a ser feitos no Politécnico, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência.