O presidente do Conselho Geral da Universidade de Évora, João Carrega, defendeu, no Parlamento Europeu, a importância das redes de universidades europeias para a concretização de projetos em rede em diferentes domínios.
Aquele responsável falava durante uma reunião de trabalho em que marcou presença uma comitiva de elementos do Conselho Geral e da Reitoria da UÉ, no âmbito de uma visita, realizada nos passados dias 6 e 7 de maio, efetuada a convite da ex-eurodeputada e atual Ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, e da eurodeputada Vânia Neto.
Durante o encontro em que participou a deputada Vânia Neto, João Labareda, da Comissão Europeia- DG Investigação e Inovação, enumerou alguns aspetos que considera críticos no domínio da inovação e investigação, como “a relação entre a ciência e a inovação (nomeadamente na transposição da ciência para a criação de patentes); as dificuldades de financiamento no espaço europeu (para essas áreas) face aos Estados Unidos; as desigualdades na ciência e na educação, que promove a fuga de cérebros para outros países europeus e para os Estados Unidos; o programa Horizonte que financia projetos de investigação/inovação; e a necessidade de se criarem redes de investigadores/instituições/empresas para dar resposta ao programa para 2025”.
João Carrega “realçou a necessidade de ser desenvolvida (pela Europa) uma política comunicacional ágil e eficaz, por forma a que o público alvo seja informado de modo claro e objetivo - o que até ao momento não tem sido conseguido”. Criticou ainda a questão da burocracia dos processos de candidaturas, o que leva a que muitos investigadores e centros de investigação tenham dificuldades em concretizar as candidaturas. Nesse sentido, sugeriu que pudesse ser criado um mecanismo de apoio direto na elaboração e desenvolvimento dos projetos, sendo certo que muitos dos investigadores são também professores e constitui um desperdício de tempo estarem ocupados com questões meramente burocráticas.
Na reunião de trabalho, o vice-presidente do CG da Universidade de Évora, José Aranda da Silva, frisou o facto de o tecido empresarial português ser constituído por Pequenas e Médias Empresas e alertou para as dificuldades que as mesmas têm para aceder a projetos de apoio por parte da União Europeia. Também Feliz Minhós, docente da Universidade e conselheiro da UÉ, considerou que a União Europeia deve ter em conta outras áreas, como a matemática.
A visita ao Parlamento Europeu e a reunião de trabalho ali realizada fez parte da aposta que a presidência do Conselho Geral da Universidade de Évora tem vindo a desenvolver, no sentido de aproximar o órgão à sociedade. Recorde-se que já há um ano o CG realizou, em Évora, o primeiro Encontro Nacional de Presidentes, Vice-Presidentes e Membros de Conselhos Gerais das Universidades Públicas Portuguesas, o qual teve o Alto patrocínio do Presidente da República; lançou, em Évora, o Fórum de Presidentes e Vice-presidentes das Universidades Públicas Portuguesas; e participou em reuniões com a Comissão de Avaliação para a Revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior.
Com a mesma perspetiva de levar o Conselho Geral à comunidade, foi criada uma revista digital/impressa, da qual já foram publicados dois números, estando em preparação o terceiro.
