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Universidade Cientista da Universidade de Coimbra participa na descoberta da Cordilheira neptuniana

14-10-2024

Um grupo de cientistas internacionais, do qual faz parte Alexandre Correia, do Centro de Física da Universidade de Coimbra (CFisUC), descobriu a “cordilheira neptuniana”, uma nova estrutura na distribuição de exoplanetas do tipo de Neptuno. A descoberta, publicada na revista Astronomy & Astrophysics, revela os processos complexos que ocorrem no “deserto Neptuniano” e na “savana Neptuniana”, região mais distante onde estes planetas são encontrados com frequência.

“O novo estudo centra-se na transição entre o deserto neptuniano e a savana. Encontrámos uma concentração inesperada de planetas na fronteira do deserto, que forma uma linha divisória acentuada entre ambos os regimes, uma característica à qual apelidámos cordilheira neptuniana”, revela Alexandre Correia.

“Descobrimos que um grande número de planetas neptunianos orbita as suas estrelas com períodos orbitais entre 3 e 6 dias. A probabilidade de encontrar um planeta nesta região é cerca de oito vezes maior de os encontrar a mais curtas distâncias (no deserto) e cerca de três vezes superior de os encontrar em distâncias mais longas (na savana), o que sugere que estes planetas foram sujeitos a processos evolutivos diferentes”, explica Amadeo Castro-González, investigador do Centro de Astrobiologia (CAB), INTA-CSIC, e autor principal deste estudo.

Esta descoberta foi possível através da análise dos dados da missão Kepler da NASA, utilizando técnicas estatísticas avançadas. Os investigadores mapearam meticulosamente a relação entre o raio e o período destes exoplanetas, revelando regiões distintas que definem a nova paisagem neptuniana. Este mapeamento exaustivo revela os processos complexos envolvidos na migração e evaporação atmosférica destes planetas.

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