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Universidade Universidade de Évora analisa Portugal em alta na energia fotovoltaica

19-05-2023

A produção de energia solar fotovoltaica flutuante tem capacidade para exceder a meta nacional definida para 2030 em termos de energia fotovoltaica. Esta é a principal conclusão de um estudo conduzido por investigadores da Cátedra Energias Renováveis da Universidade de Évora (UÉ), cujos resultados obtidos permitem concluir que a potência instalada em sistemas solares fotovoltaicos flutuantes consegue exceder a meta nacional de 7 GW, definida no PNEC 2030 para a energia fotovoltaica no setor da energia elétrica.

A análise dos resultados sugere que a nível regional é o Alentejo que apresenta maior potencial nesta área, quer em termos da superfície da água existente quer ao nível do recurso solar. Mesmo aplicando-se uma redução de 85% à superfície de água total disponível a nível nacional, e com os critérios de seleção a incluírem algumas questões técnicas e de natureza ambiental, em particular os ativos já existentes como as hidroelétricas, parques eólicos ou sistemas centralizados de armazenamento de energia, os resultados deste estudo da Universidade de Évora, conclui que o potencial dos sistemas de energia solar fotovoltaica flutuante conseguem atingir, pelo menos uma capacidade nacional estimada de 10,8 GW.

Luís Fialho, investigador da CER da academia alentejana, sublinha a importância deste estudo pela “necessidade de descarbonizar o sistema electroprodutor nacional através de fontes renováveis, sendo chave para uma eletricidade mais barata e sustentável.”

O Alentejo apresenta a maior área disponível para flutuação e implantação fotovoltaica com 32% do total nacional de área disponível, principalmente devido ao lago (barragem) de Alqueva, um dos maiores reservatórios artificiais de água da Europa. Juntamente com a região do Algarve, as regiões mais a sul de Portugal apresentam valores muito semelhantes de potencial de recurso solar com a região do Alentejo a destacar-se ao combinar uma grande área disponível para a instalação destes sistemas. A região Centro do país representa 27% e a 3ª maior área disponível está na região de Lisboa e Vale do Tejo com 15%.

“Esta análise resulta de um mapeamento das áreas potenciais para o sistema solar fotovoltaica flutuante aplicados no território nacional, estabelecendo uma relação entre a disponibilidade de radiação solar e a distribuição geográfica dos corpos d'água nas diferentes regiões do país.” Em suma, realça Luís Fialho, este sistema pode contribuir decisivamente para a meta de capacidade instalada definida na Política Nacional de Energia e Clima Plano 2030 (PNEC 2030), que define a meta de 7 GW de sistemas solares fotovoltaicos em 2030.

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