Fernando Correia, diretor do Laboratório de Ilustração Científica (LIC) do Departamento de Biologia (DBio) da Universidade de Aveiro (UA), ilustrou o novo manual escolar para o ensino secundário do 11º ano, em dois volumes, o BioFOCO (Biologia) e GeoFOCO (Geologia).
O projeto proposto pela Areal Editores, de ilustrar de raiz mais um manual criado pelas equipas Osório Matias e Pedro Martins (Biologia) e A. Guerner Dias, Paula Guimarães e Paulo Rocha (Geologia), ocupou Fernando Correia e a sua equipa ao longo de cerca de seis intensos meses: “tempo recorde”, assinala o autor, biólogo e um dos mais reconhecidos ilustradores científicos portugueses.
O próximo passo resultará numa nova avaliação, desta vez, pelo corpo docente em cada agrupamento escolar, num sistema de seleção que se quer objetivo, independente e autónomo. Os professores decidirão a adoção final de um determinado manual, aquele que melhor corresponde às necessidades e especificidades da escola, corpo docente e meio envolvente local (alunos, encarregados de educação, etc.).
“Como a necessidade de garantir a elevadíssima qualidade das nossas ilustrações, tal como tinha sido conseguido em anteriores manuais, era um requisito da editora, e nosso, foi necessário aumentar a equipa base e afinar metodologias e métodos, ou seja, otimizar e tornar ainda mais efetivos os recursos”, explica Fernando Correia. Da equipa de autores fizeram ainda parte antigos alunos do Curso de Ilustração Científica da UA, uns há mais tempo, como como é o caso de Cláudia Barrocas, Saul Martin e Rosa Alves, e outros mais recentes, como Andreia Silva e Pedro Wadt.
Foram reunidas 325 ilustrações científicas, distribuídas por 440 páginas em dois volumes. Estas várias centenas de imagens constituem composições de quase 2200 ilustrações individuais. O coordenador da equipa de ilustradores assinala, aliás, que “existem ilustrações criadas com uma composição de 40 ou mais ilustrações individuais – por isso, será fácil calcular todo o trabalho implícito a cada composição assim criada”. “Tudo isso é antecedido de um paciente e laborioso trabalho de pesquisa de referências visuais e informações, um aturado e cirúrgico planeamento de metas a atingir, em cada semana, para que o projeto possa seguir para certificação em novembro.”