As candidaturas ao Prémio Primus Inter Pares decorrem entre 1 de setembro e 31 de outubro. Este ano serão atribuídas cinco bolsas para mestrados em universidades portuguesas, no valor de 10 mil euros cada uma. A condição socioeconómica dos candidatos passa a ser também um dos critérios avaliados.
O prémio destina-se "a estudantes do último ano de licenciatura ou já licenciados de todas as áreas académicas, que cumpram os seguintes critérios: devem ter nacionalidade portuguesa, até 25 anos no momento da candidatura, ser alunos de uma instituição de ensino portuguesa e apresentar uma média académica igual ou superior a 14 valores. O rendimento per capita do agregado familiar do candidato, relativo ao ano fiscal de 2024, deve ser igual ou inferior a 55 vezes o valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS) em vigor para 2025, fixado em 522,50 euros", como é referido no Regulamento.
Para o Santander, "as bolsas de mérito para mestrado pretendem responder a um problema estruturante do país, que é a elevada taxa de desistência dos estudantes na transição da licenciatura para o mestrado por dificuldades económicas. Daí que os critérios de seleção incluam agora também a situação socioeconómica dos candidatos, garantindo que o mérito possa gerar a mesma igualdade de oportunidades".
Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal, em declarações enviadas ao Ensino Magazine, explica que "o mérito continua a ser a base do Primus Inter Pares, mas queremos ir mais longe. Pretendemos chegar a mais pessoas, de todas as áreas académicas e com experiências de vida diversas. Este prémio tem agora maior flexibilidade, permitindo aos melhores talentos escolherem o seu próprio percurso. Queremos reconhecer os melhores e ter um impacto real nas suas vidas, independentemente da área de estudos. Enquanto marca Santander, seja através do Banco ou da Fundação, temos o propósito claro de apoiar a educação, pelo que esta abordagem está perfeitamente alinhada com esse compromisso — apoiar o talento, mas também criar condições para que dê frutos".
Também em nota enviada à nossa redação, Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo Impresa, recorda que "Portugal é um dos países da OCDE onde o contexto socioeconómico mais influencia a continuidade dos estudos - nomeadamente na passagem da licenciatura para o mestrado - e por essa razão procurámos contribuir para mitigar esse desafio através do reposicionamento do Prémio. O Expresso e o Santander pretendem, com esta renovação, incluindo a do júri, responder a essa realidade, mantendo o padrão de rigor do Primus, mas alargando o seu impacto, tornando-se também um motor de mobilidade social".
O prémio, promovido pelo Santander Portugal e pelo jornal Expresso, terá como júri Martim Sousa Tavares, maestro de profissão; Nuno Maulide, químico e professor na Universidade de Viena; Sara do Ó, CEO do Grupo Your; e os habituais membros Raquel Seabra, atual administradora executiva da Sogrape e antiga vencedora do prémio; Francisco Pedro Balsemão, CEO do Grupo Impresa; e Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal.
As candidaturas abrem a 1 de setembro e prolongam-se até 31 de outubro de 2025. A primeira fase consiste no preenchimento de um formulário disponível na Open Academy, a plataforma de e-learning e formação do Santander. As etapas seguintes incluem testes psicométricos e entrevistas (individuais ou em grupo), realizados online. Concluída a fase inicial de seleção, um grupo de 10 finalistas será apresentado ao júri, que decidirá quem são os vencedores.