O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) acaba de lançar o concurso público para a construção de uma residência de estudantes com 152 camas no campus da instituição, por três milhões de euros mais IVA.
O procedimento foi publicado no Diário da República, que define o dia 27 como data-limite para apresentação de propostas.
A empreitada tem um prazo de execução de 330 dias.
A obra significa “um reforço no alojamento de estudantes e a diminuição da quantidade de alunos que são colocados na Guarda e vão embora por não conseguirem arranjar alojamento”, disse o presidente do IPG, Joaquim Brigas, à agência Lusa.
O equipamento foi validado e homologado, em outubro de 2024, pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, num investimento estimado de 3,7 milhões de euros financiado em 85 por cento pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Joaquim Brigas lembrou que há outro projeto adjudicado recentemente pela Câmara da Guarda, por 4,5 milhões de euros, para a construção de uma residência de estudantes com 128 camas a disponibilizar aos alunos do IPG.
“É muito positivo, no sentido de haver maior oferta para poder alojar mais estudantes. Segundo os registos dos últimos anos, costumávamos ter à volta de 300 estudantes que não ficavam na Guarda por dificuldades de alojamento. As duas residências a construir não são a solução total para o problema, mas é uma ajuda para o resolver”, admitiu Joaquim Brigas.
Para o presidente do Politécnico da Guarda, apesar destas duas residências, continua a haver espaço para investimentos privados.
“Há muitos estudantes que, não tendo condições para apoio social e com possibilidade de pagar valores de mercado, precisam de quartos com todas as comodidades”, realçou.
Na sua opinião, essa oferta não existe atualmente “em termos suficientes na Guarda”, pelo que o IPG tem feito contactos para ver se há privados a construir ou a adaptar espaços para alugar a estudantes.
“Não é negócio do Politécnico, mas podemos ajudar ou divulgar essas eventuais existências para que os nossos alunos possam procurar e arrendar”, acrescentou.
O Politécnico da Guarda também conseguiu a aprovação de uma residência estudantil para Seia, onde funciona a sua Escola Superior de Turismo e Hotelaria (ESTH).
Com 100 novas camas, uma antiga fábrica será reconvertida em alojamento para estudantes do ensino superior.
O projeto resultou de uma parceria com a Estamo, ficando assim a obra a cargo da construção pública (antiga Parque Escolar). A gestão é da responsabilidade da instituição.