O Politécnico de Leiria está a liderar um que tem como objetivo revolucionar a preservação dos oceanos e a segurança marítima, tirando partido do poder dos veículos não tripulados e das mais recentes tecnologias digitais para vigiar, monitorizar e proteger o território marítimo nacional. A informação foi veiculada pela instituição ao Ensino Magazine.
O projeto DUVOPS – Digital Twins Heterogeneous Unmanned Vehicles Ocean Preservation System foi avaliado com a nota máxima pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), terá um financiamento a rondar os 250 mil euros e decorrerá até dezembro de 2027.
Coordenado por António Pereira, professor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico de Leiria e investigador do CIIC - Centro de Investigação em Informática e Comunicações, o projeto visa desenvolver um protótipo funcional, combinando Inteligência Artificial, Gémeos Digitais e Frotas Autónomas, para uma monitorização e intervenção mais eficiente e estratégica no oceano.
Citado na nota enviada ao Ensino Magazine. aquele responsável explica que “além de contribuir para a conservação dos oceanos, o DUVOPS representa também um avanço significativo no conhecimento tecnológico e científico em sistemas autónomos e inteligência artificial. Este projeto visa reforçar a posição de Portugal como referência na inovação tecnológica aplicada à defesa e segurança marítima, dotando o país de capacidades avançadas para a vigilância e proteção do seu vasto território marítimo”.
De acordo com o Politécnico de Leiria, "o DUVOPS dá continuidade ao trabalho iniciado pelo projeto DBoids - Digital twin Boids fire prevention System, financiado pela FCT em 2021 e ainda em curso, que visa prever e prevenir incêndios, bem como apoiar o combate ao fogo durante e após a sua ocorrência, através do desenvolvimento de algoritmos de controlo e de gestão de frotas de drones, e de extração de informação".
De referir que o "projeto é desenvolvido em colaboração com parceiros-chave, como o INESC TEC - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, e o CINAV - Centro de Investigação da Marinha Portuguesa, assegurando uma abordagem multidisciplinar e de impacto. Conta ainda com a cooperação de entidades estratégicas da defesa e segurança marítima, como o Instituto Hidrográfico Português, o Centro de Experimentação Operacional Marítima (CEOM) e a Autoridade Marítima Portuguesa", como salienta a mesma nota.
A Zona Franca Tecnológica ‘Infante D. Henrique’, em Troia, foi escolhida como ambiente de ensaio do projeto, permitindo a validação de tecnologias inovadoras em cenários reais.
O projeto é apoiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e insere-se na categoria de Projetos de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico (IC&DT), centrando-se em atividades de investigação em todos os domínios científicos e alcançando reconhecimento internacional.