 O Politécnico de Castelo Branco (IPCB) assinalou 45 anos, numa cerimónia realizada, dia 28 de outubro na Escola Superior de Tecnologia, em que homenageou antigos autarcas diplomados pela instituição, e onde a importância do ensino superior na região foi sublinhada. Na cerimónia foram ainda entregues os prémios de mérito académico (o Ensino Magazine premiou um dos melhores estudantes da instituição), os prémios Poliempreende e homenageados os profissionais com 25 anos de serviço.
O Politécnico de Castelo Branco (IPCB) assinalou 45 anos, numa cerimónia realizada, dia 28 de outubro na Escola Superior de Tecnologia, em que homenageou antigos autarcas diplomados pela instituição, e onde a importância do ensino superior na região foi sublinhada. Na cerimónia foram ainda entregues os prémios de mérito académico (o Ensino Magazine premiou um dos melhores estudantes da instituição), os prémios Poliempreende e homenageados os profissionais com 25 anos de serviço.
António Fernandes, presidente do IPCB, aproveitou a sua intervenção, a última num aniversário da instituição enquanto presidente (terminará o mandato em meados de 2026) para destacar "o percurso de transformação e crescimento da instituição, hoje reconhecida como motor de desenvolvimento regional e agente de coesão social. Sublinhou a evolução positiva na captação de estudantes, na oferta formativa, na investigação e na modernização das infraestruturas, evidenciando projetos de requalificação e novas residências estudantis".
No seu discurso, reforçou o compromisso do IPCB em promover ciência, conhecimento e inclusão, defendendo que o ensino superior deve ser acessível a todos. Expressou gratidão à comunidade académica, às entidades parceiras e aos autarcas homenageados, enaltecendo o papel dos diplomados como embaixadores do Politécnico e impulsionadores do progresso regional.
 No seu entender “o IPCB tem que estar na região, ser valorizado pela e para a região”, porque o futuro se constrói com conhecimento, investimento e compromisso coletivo.
No seu entender “o IPCB tem que estar na região, ser valorizado pela e para a região”, porque o futuro se constrói com conhecimento, investimento e compromisso coletivo.
O presidente do IPCB referiu ainda que "o ensino superior, a educação superior, não pode ser um lugar para privilegiados. Há jovens com imenso talento que estão a ficar de fora. Prosseguir para a educação superior deve ser natural, regra e não exceção. O País só terá a ganhar com mais jovens qualificados".
De caminho perspetivou o futuro: "A nível interno, amanhã o IPCB tem que continuar a preparar o futuro. A revisão do Regulamento Jurídico das Instituições de Ensino Superior vai reforçar a autonomia das mesmas, permitindo que possam projetar e concretizar estratégias de médio e de longo prazo com diversificação da oferta formativa e definição e implementação de estratégias alinhadas com os desafios regionais, nacionais e europeus bem como com um ensino mais flexível e adaptável às mudanças tecnológicas e às necessidades do mercado de trabalho. Os tempos serão exigentes e o IPCB deverá escolher o regime organizacional mais promissor e adequado à sua realidade".
Numa intervenção abrangente, António Fernandes sublinhou o papel que os autarcas da região, diplomados pelo IPCB, tiveram no território. "Ao longo dos anos, cada um dos presidentes que hoje aqui homenageamos dedicou uma parte importante da sua vida ao serviço das nossas comunidades e ao serviço da região. Fizeram-no com empenho, sentido de missão e espírito de liderança", disse, dirigindo-se a António Luís Beites, Armino Jacinto, João Lobo, João Paulo Catarino, Luís Pereira e Ricardo Aires, que viriam a ser homenageados na cerimónia.
Pacto de Regime pelo Ensino Superior
 A constituição de um Pacto de Regime Regional pelo Ensino Superior no Território (interior) foi uma das mensagens deixadas pelo presidente do Conselho geral do IPCB. João Carrega considera que é fundamental que toda a região esteja unida nesse propósito. "O contexto atual exige um Pacto que possibilite que as instituições de ensino superior possam ser reforçadas e se reforcem no seu conjunto", começou por referir.
A constituição de um Pacto de Regime Regional pelo Ensino Superior no Território (interior) foi uma das mensagens deixadas pelo presidente do Conselho geral do IPCB. João Carrega considera que é fundamental que toda a região esteja unida nesse propósito. "O contexto atual exige um Pacto que possibilite que as instituições de ensino superior possam ser reforçadas e se reforcem no seu conjunto", começou por referir.
Um Pacto que, no seu entender, "permita mais parcerias entre instituições de ensino superior (universidades e politécnicos) - e o Politécnico de Castelo Branco tem um bom exemplo com a REDE A23 que integra os politécnicos da Guarda e Tomar - e que mantenham a autonomia de cada uma das instituições, mas que tragam vantagens competitivas para todas, seja através de candidaturas e projetos em conjunto, seja na oferta formativa aproveitando a possibilidade dos politécnicos ministrarem doutoramentos".
No entender do presidente do CG, este pacto terá que incluir "o poder autárquico de forma efetiva - é importante que as instituições de ensino superior consigam envolver os e as autarcas do território para que possam contribuir para o desenvolvimento de diferentes projetos vantajosos para a região. Nesta equação os atores políticos nas câmaras têm que perceber o que representa o ensino superior para os seus concelhos ou o que pode vir a representar. Durante a campanha eleitoral não li qualquer proposta concreta, por parte das diferentes candidaturas que pudesse valorizar os seus politécnicos ou universidades. Mas sei que os autarcas da nossa região - aqueles terminaram funções e aqueles que continuam ou iniciam as suas tarefas autárquicas - estiveram e estarão em sintonia para que o ensino superior do nosso território saia valorizado".
Mas deve também integrar o tecido empresarial e económico, mas também as ULS, o movimento associativo, diferentes organismos e a sociedade civil. "Esta será a forma de, em conjunto, nos tornarmos mais fortes, mais competitivos, mais interventivos e mais diferenciados na região e no país, preparando-nos para um médio prazo que se tornará muito difícil se não houver por parte da tutela medidas concretas e equilibradas para as instituições do interior face às do litoral (a título de exemplo: só duas cidades Lisboa e o Porto têm cerca de 50% das vagas no concurso nacional de acesso ao ensino superior). E como até agora poucas foram as medidas tomadas nesse sentido, o melhor é mesmo estarmos unidos neste propósito".
A cerimónia contou ainda com as intervenções de Maria José Fernandes, presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (realçou o papel dos politécnicos na qualificação e na coesão do território, criticando as alterações registadas este ano nas regras de conclusão de ensino secundário), Alexandre Pinto Lobo, presidente da Associação Académica do IPCB (frisou o caminho concretizado na criação da Associação Académica e a construção daquela que será a primeira república de estudantes na zona histórica da cidade, onde também nascerá o museu académico) e do presidente da autarquia, Leopoldo Rodrigues (destacou a importância do IPCB no desenvolvimento do concelho).
 
        Maria José Fernandes, presidente do CCISP
 
        Alexandre Pinto Lobo, presidente da Associação Académica
 
        Leopoldo Rodrigues, presidente da Câmara de Castelo Branco
 
        Francisco Carrega entregou a Bolsa de Mérito Ensino Magazine
 
        O Ensino Magazine distinguiu o IPCB pelos seus 45 anos
 
        Os autarcas diplomados pelo IPCB
 
        Primeiro prémio Poliempreende
 
        Segundo Prémio Poliempreende
 
        Terceiro Prémio Poliempreende
 
        João Alves e Eduarda Dias, estudantes da Esart
 
        Francisco Martins, estudante da Esart
 
        Cantar os parabéns em dia de aniversário