A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril reformulou a oferta formativa e pretende continuar a corresponder às elevadas expectativas. Carlos Brandão, presidente da instituição, em entrevista à Ensino Magazine, apresenta as linhas estratégias para o futuro da ESHTE.
Que novidades tem a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril no capítulo formativo, para o próximo ciclo letivo?
Preparámos um figurino completamente novo, que foi submetido para apreciação da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior. Estamos a aguardar que o processo seja concluído. Todos os cursos da ESHTE, incluindo os mestrados, foram amplamente revistos, reformulados e, inclusivamente, criámos novas designações para alguns deles, que são tradicionalmente alvo de intensa procura. Pertencemos ao lote das instituições que estão sempre no topo das colocações na primeira fase. Entretanto, e numa altura que decorre a 1.ª fase de candidaturas aos Mestrados e Pós-Graduações da ESHTE, com alterações muito refletidas, vamos fazer com que todos sintam que podem ter aqui, nos segundos ciclos, uma excelente complementaridade às licenciaturas.
Como é que a instituição tem sabido corresponder às necessidades de uma indústria que bate recordes em Portugal e que apresenta anualmente um défice de profissionais qualificados?
Fomos a primeira instituição de ensino superior dedicada exclusivamente ao turismo. A ESHTE foi criada há 33 anos precisamente por uma necessidade de resposta à qualificação de nível superior para a área do turismo. Faz sempre parte da nossa estratégia adaptarmo-nos à procura do mercado e às novas tendências e essa constante adaptação contribui para a elevada procura empresarial pelos nossos alunos, claramente superior à oferta, traduzindo-se numa taxa de empregabilidade de 96%.
O principal desafio para o setor é a retenção de talentos em Portugal?
De facto, esse é um caminho que temos de percorrer, enquanto País. No recente Fórum Estágios e Carreiras da ESHTE estiveram representadas 82 empresas, nacionais e internacionais, incluindo hotéis de países como Grécia, Itália, Estados Unidos da América, Bélgica e Países Baixos. Recebemos, igualmente, um contacto formal dos Emirados Árabes Unidos, com o intuito de cativar os nossos finalistas para o Dubai. No ano passado, mais de 60 ex-estudantes da ESHTE foram trabalhar para o estrangeiro. E este ano vamos seguramente bater um novo recorde. Isto porque a ESHTE é uma instituição de ensino de referência não só nos mercados nacionais, mas também nos internacionais. Muitos dos nossos ex-alunos são quadros de empresas, outros já ganharam estrelas Michelin, outros já foram considerados os melhores hoteleiros ao nível mundial, e isso enche-nos de orgulho.
A ESHTE foi distinguida pelo segundo ano consecutivo com o prémio de Melhor Formação em Turismo nos Portugal Trade Awards by Publituris. Como encara este reconhecimento e quais os principais objetivos para o futuro?
Recebemos essa distinção com sentido de responsabilidade, uma vez que pretendemos continuar a corresponder às elevadas expectativas depositadas na instituição. Beneficiando da localização estratégica no eixo turístico de Lisboa/Cascais/Sintra, proporcionamos aos nossos estudantes um ambiente único de aprendizagem, imerso num cenário rico em oportunidades e práticas reais no cluster do turismo. Estamos igualmente focados na requalificação das instalações de que a escola usufrui.