Sensibilizar e desmistificar a temática da Biologia Experimental junto da comunidade é o objetivo da equipa de investigadores do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente do Politécnico de Leiria, que vai organizar um conjunto de atividades junto de crianças, adultos e famílias e seniores, em 2023, com o apoio da Society for Experimental Biology (SEB), do Reino Unido.
A equipa de Lénia Rato, Inês Morão e Tiago Simões, Sara Novais e Marco Lemos, desenvolve atividades inseridas em três ações de comunicação: ‘Cientistas: porque fazemos experiências?’, para crianças e jovens em idade escolar, ‘No Museu – Ciência e Sociedade’, para adultos e/ou famílias, ‘Oceano Sénior – Ciência Azul’, destinada a seniores.
O ano começou com uma atividade que envolveu 80 crianças da Educação Pré-escolar da Escola Básica do Lumiar (Agrupamento de Escolas Virgílio Ferreira), as quais tiveram a oportunidade de conhecer algumas curiosidades sobre as tartarugas marinhas, o seu ciclo de vida e um pouco do que é feito no campo e no laboratório para as estudar e ajudar a proteger.
Desenvolvida pela investigadora Inês Morão, que estuda os efeitos da poluição nas populações de tartarugas marinhas em São Tomé e Príncipe, onde trabalha em parceria com ONG locais que desenvolvem programas e ações de sensibilização com a população local.
Ao longo de 2023 será promovido um conjunto diversificado de atividades, que serão posteriormente conhecidas nos canais de comunicação do MARE. “Considero a disseminação de Ciência um dever nosso e é uma prioridade no nosso grupo de investigação”, refere Lénia Rato, a investigadora que decidiu candidatar-se ao financiamento da SEB e mobilizar a restante equipa.
De acordo com a investigadora, o propósito das ações e atividades passam não só por sensibilizar e desmistificar a temática da Biologia Experimental, como também alertar para a sua importância. “No grupo liderado pelo Professor Marco Lemos estuda-se o efeito das alterações globais e ecotoxicologia em espécies nativas e não nativas, rotíferos, tartarugas ou tubarões. O denominador comum? Experimentação. Com fins mais práticos ou teóricos, a experimentação permite-nos endereçar uma miríade de problemas sociais e ecológicos e, idealmente, proporcionar soluções. Reconhecemos a ambiguidade e queremos sensibilizar e desmistificar a temática: é também o propósito da Sociedade que financiou”, conclui.