A Triumph é uma marca britânica de grandes tradições no fabrico de motos que no século XXI tem crescido com grande pujança com novos modelos em diversas categorias afirmando-se como uma das marcas de referência nas médias e altas cilindradas onde se afirma no grupo de marcas mais premium como as italianas Ducati, Aprilia e Moto Guzzi ou a alemã BMW. Tal posição de construtor de topo foi reforçada com a adoção pela classe Moto 2 de Moto GP do seu motor de 3 cilindros e 675 cc, onde tem mostrado excelente desempenho.
Sem modelos nas cilindradas mais baixas a Triumph tem estado, na prática, com grandes dificuldades de penetrar num mercado mais jovem e mais urbano, que não possui nem as necessidades nem os meios financeiros para a posse de motos de cilindradas mais elevadas.
Assim a marca resolveu agora, numa colaboração com a indiana Bajaj, cuja experiência no segmento é conhecida e segura, lançar um modelo na classe 400, que se apresenta com duas versões a Speed 400 e a Scrambler 400X.
Não tendo ainda tido oportunidade de obter conhecimento dinâmico sobre os novos modelos, o que podemos dizer do ponto de vista estático? Desde logo que o aspeto das motos é genuinamente Triumph, ou seja, desde o design aos acabamentos tudo é caracteristicamente típico da marca. Estamos, portanto, a falar de estilo clássico e intemporal e acabamentos elegantes e de alta qualidade. A silhueta especifica dos depósitos de combustível, as tampas de motor, as forquilhas da suspensão em dourado são exemplos dessa elegância britânica.
O motor é um monocilíndrico de 398 cc, com cabeça de 4 válvulas, com injeção e refrigeração líquida, debitando 40 cv de potência máxima e 37,5 Nm de binário. A gestão do motor é Bosch, dispondo de um acelerador “ride by wire”, o que deverá permitir uma resposta intuitiva e previsível. Também o ABS é um Bosch de dois canais, que pode ser desativado na Scrambler, para percursos fora de estrada.
O painel de instrumentos dispõe de um clássico velocímetro analógico e um ecrã LCD para a restante informação e uma tomada USB.
O assento está a 790 mm do solo, o que facilita condutores de estatura média, o que já não acontece na scrambler com os seus 835 mm. Os 170 Kg (179 na Scrambler) de peso não criam dificuldades.
Não estando ainda em comercialização os respetivos preços não são conhecidos, mas a Triumph promete uma excelente relação qualidade-preço. Mas, tendo em conta os níveis de preço habituais na marca, não se esperará que as novas 400 venham a ser propriamente baratas.