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Suzuki Jimny – O último dos duros As escolhas de Valter Lemos

12-12-2023

O Suzuki Jimny é um ícone da indústria automóvel japonesa cuja produção se iniciou há mais de 50 anos (em 1970), tendo sido comercializado também com outros nomes, como Santana ou Samurai entre outros.

Trata-se de um verdadeiro todo-o-terreno de pequenas dimensões, sólido e robusto e com elevada capacidade para percorrer todo o tipo de caminhos e aptidão para ultrapassar quase todo o tipo de obstáculos e de grande simplicidade de acabamentos e custo contido.

O Jimny é um verdadeiro jipe puro e duro o que quer dizer que pertence a uma espécie em vias de extinção. Atualmente e devido às restrições de emissões na UE, só é vendido, em Portugal e diversos outros países, sob a forma de veículo comercial porque as restrições regulamentares são menores para os veículos ligeiros de mercadorias do que para os de passageiros. Assim, a versão disponível em Portugal tem só dois lugares e sem banco traseiro, os 3,5 metros da carroçaria permitem um volume de carga de 863 litros.

Como “puro e duro” a carroçaria do Jimny assenta num chassis de longarinas com dois eixos rígidos com dois diferenciais separados e redutoras. O motor é um 1462 cc com 102 cv às 6 mil rotações e 130 Nm às 4 mil e o consumo é próximo dos 8L/100Km. A caixa é manual de 5 velocidades e para o todo-o-terreno existe um sistema Allgrip Pro, com tração 4x4 inserível em altas e baixas, contando ainda com um sistema de controlo de descida ativado por botão na consola. Conta ainda com uma boa altura ao solo (21 cm) e bons ângulos de ataque.

O interior é bastante espartano como é típico deste tipo de veículo, mas ainda assim o Jimny conta com alguma tecnologia moderna como assistência à travagem de emergência autónoma, alerta de mudança de faixa, alerta anti fadiga, reconhecimento de sinais de trânsito, controle de pressão dos pneus, luzes de circulação diurna, sensores de luminosidade, retrovisores elétricos e cruise-control.

Com um design bem retro as viagens em velocidades mais elevadas apresentam algum ruído aerodinâmico, para além do barulho do motor, que já é notório. Mas, até nisso, as características de jipe “puro e duro” se mantêm.

O preço é sem dúvida a parte menos agradável. Os mais de 31 mil euros da versão PRO, comercial de dois lugares, que se vende em Portugal, são manifestamente elevados. Mas este carro também só serve verdadeiramente aos fãs de veículos 4x4 “puros e duros” e alguns especialmente apreciadores de linhas clássicas e ar retro.

Valter Lemos
Professor Coordenador do IPCB | Ex Secretário de Estado da Educação e do Emprego
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