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As escolhas de Valter Lemos Dacia Spring – O elétrico mais barato do mercado

21-05-2021

A Dacia é uma segunda marca do Grupo Renault, orientada para a produção de veículos acessíveis, mas fiáveis. A marca que produz os seus carros na Roménia tem vindo a impor-se no mercado garantindo realmente muita fiabilidade com preços quase imbatíveis. Hoje o seu SUV Duster é bem conhecido dos portugueses, mas também o utilitário Sandero se tem afirmado no mercado.
A Dacia entra agora nos modelos elétricos, com os mesmos objetivos. Carros baratos, mas eficientes. O primeiro modelo totalmente elétrico da Dacia, que iniciará brevemente a sua comercialização em Portugal é o citadino Spring.
Iniciar a produção por um modelo citadino faz todo o sentido com a filosofia de eficiência que a marca segue. Afinal é na cidade que os elétricos fazem atualmente mais sentido. Ao contrário dos veículos movidos a motores de explosão, os elétricos consomem menos energia na cidade. Por outro lado, tendo em conta a sua menor autonomia, é na cidade que podem ser mais bem aproveitados e de forma mais cómoda para os seus utentes.
O Spring é um pequeno SUV ligeiramente maior que um Renault Twingo. Como é característico da marca tem um design exterior atraente e com aparência robusta. A bagageira de quase 300 litros é maior do que seria de esperar num carro destas dimensões. Tem iluminação LED, ar condicionado, rádio com Bluetoth e USB, computador de bordo, vidros e retrovisores elétricos, sistema de ajuda ao arranque em subida e limitador de velocidade. No interior o condutor tem um ecrã digital TFT de 3,5 polegadas no centro do painel. Como extras pode ter ainda câmara de marcha-atrás, estofos em pele sintética, ajuda ao estacionamento traseiro e sistema multimédia de 7 polegadas.
Não se pode, pois, dizer que o Spring seja, na gama dos citadinos, um carro muito pobre de equipamento, apresentando até uma boa relação preço-equipamento.
O motor elétrico do Spring debita 44 cv, o que lhe permite atingir os 125 Km/h de velocidade máxima. Como só tem 970 Kg de peso, apesar de ainda não nos ter sido possível conduzir o carro, inferimos que apresentará boa agilidade na condução em cidade, que é o seu principal ambiente. Neste a autonomia permitida pelas baterias de 27,4 Kwh é de cerca de 300 Km, que se reduzem para 230 em ciclo combinado cidade/estrada. Tal autonomia, sendo pequena para viagens mais longas é no entanto bem razoável para cidade. Num percurso de 30 Km diários, permite andar toda a semana e fazer as recargas ao fim de semana. Estas demoram cerca de hora e meia em carregamento DC a 30 KW, 5 horas numa wallbox de 7,4 KW ou 14 horas numa tomada doméstica.
O preço é de 16.800 euros na versão de entrada e 18.300 na versão mais equipada, o que se pode considerar muito bom. É praticamente o preço de um utilitário com combustível fóssil e bem abaixo dos seus concorrentes elétricos mais próximos, o Volkswagen e-up! ou o Smart EQ Fortwo que começam perto dos 23 mil euros!

Valter Lemos
Professor Coordenador do IPCB | Ex Secretário de Estado da Educação e do Emprego
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