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Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVII

Miguel Monjardino, professor de Geopolítica e Geoestratégia 'É uma ilusão pensar que a guerra está perto do fim'

16-02-2023

Enquanto Putin estiver no Kremlin, o futuro dos ucranianos estará «sempre ameaçado». A opinião é defendida por Miguel Monjardino, precisamente um ano após o início do conflito na Ucrânia. O analista refere ainda que, no turbulento xadrez geopolítico, o «envelhecimento demográfico» e a «falta de confiança no país» são duas grandes fragilidades de Portugal.

A guerra da Ucrânia cumpre um ano a 24 de fevereiro. Mas a sua tese é que ela se iniciou antes, em 2014. Vladimir Putin só vai parar quando Kiev capitular?

Essa é a sua intenção. Putin tem sido algo ambíguo em relação aos seus objetivos políticos, mas parece-me evidente, em particular em função daquilo que ele escreveu e disse, que o presidente russo não concebe uma Ucrânia independente da Rússia.  Ou seja, do ponto de vista da identidade nacional, tanto Putin como a igreja ortodoxa russa, não imaginam uma Rússia sem a Ucrânia. Portanto, do meu ponto de vista, enquanto esta visão prevalecer, o futuro da Ucrânia estará sempre ameaçado. Quanto a este conflito, é uma ilusão pensar que a guerra está perto do fim.

A Ucrânia estará sempre sob ameaça enquanto Putin estiver a presidir aos destinos do Kremlin?
Do meu ponto de vista, sim. Sobretudo por motivos ideológicos e identitários, a evolução interna do regime russo modificou a perceção que a Rússia tem deste problema. O regime russo considera também inaceitável que a Ucrânia caminhe mais na direção da Europa.

Na semana em que falamos o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky viaja para encontros diplomáticos na Europa. A adesão da Ucrânia à União Europeia (UE) será concretizada com a rapidez que o presidente ucraniano pretende?

Portugal quando fez o seu pedido de adesão à UE, também queria que este fosse concretizado o mais depressa possível. É perfeitamente natural que um país que peça a adesão, especialmente um país que está numa guerra existencial, queira caminhar na direção de Bruxelas, o mais depressa possível. Veja que há países como a Polónia ou os países bálticos que defendem uma integração rápida da Ucrânia na UE. Nas próprias instituições comunitárias temos pessoas como Ursula von der Leyen e Charles Michel que também são um bom exemplo dessa tendência. Pelo contrário, países como a Alemanha, a França e até Portugal, que, no fim, de contas, têm reticências que um país em guerra – e especialmente contra a Rússia – seja admitido rapidamente no seio da União. São partidários de um processo mais longo ou até rejeitam a entrada da Ucrânia. Em suma, nos próximos meses, talvez anos, veremos estas visões distintas competirem entre si, até que uma, provavelmente, prevalecerá sobre as outras.

O conflito na Ucrânia é um sintoma da «crise dos 30 anos», um dos grandes motes do livro que acaba de publicar. Pode explicar melhor o que pretende dizer?

Antes de responder à sua questão, permita-me fazer a seguinte contextualização. Para exercer o meu papel de analista, criei as minhas quatro regras de análise para avaliar os factos. Uma delas é a regra Stendhal-Tolstoi, em que se diz que é extremamente difícil avaliarmos corretamente o verdadeiro significado dos acontecimentos no momento em que estes têm lugar. Ou seja, para analisar a política internacional é preciso ler muito, sendo a literatura uma das melhores maneiras de aprendizagem. Por outro lado, e como diz a regra Stendhal-Tolstoi que atrás mencionei, é preciso distanciamento temporal para avaliarmos corretamente o verdadeiro significado dos acontecimentos.

Feita a sua contextualização, explique-nos o que é a «crise dos 30 anos»?

A ordem internacional, como a temos conhecido, deixou de ser considerada legítima, aceitável ou favorável a um determinado grupo de países. E não falo apenas da Rússia e da China. Há mais. E a guerra Rússia/Ucrânia faz parte desse processo. Onde Vladimir Putin se enganou foi em achar que a Ucrânia era um Estado falhado e que sucumbiria muito rapidamente à investida russa. Para além disso, o presidente russo pensou que as democracias euro-atlânticas eram fracas e provavelmente não resistiriam. Em resumo, subestimou a Ucrânia, os países europeus e os Estados Unidos e sobrestimou as capacidades e o poder de atração da Rússia. O resultado é esta guerra infernal.

Para além deste conflito no leste da Europa, que outro sintoma identifica na «crise dos 30 anos»?

Se olharmos para o que são coisas à volta da ciência e da tecnologia, na própria energia e na tentativa de mudar o sistema financeiro internacional, tudo aponta para aquilo a que eu chamo de chegada a um ponto de bifurcação do sistema internacional.  O livro que escrevi é um apelo, em primeiro lugar, para tentar compreender o que está a acontecer e depois, no caso português, procurar saber como devemos atuar neste processo para defender os nossos interesses.

Defende um novo mapa concetual para avaliar os acontecimentos internacionais. A que se refere, em concreto?

Há várias formas de olharmos para o mundo e para a política internacional. Em Portugal, creio que o fazemos de forma muito linear. Na nossa perspetiva, os temas funcionam como silos, independentes uns dos outros e que não interagem entre si. Na minha opinião, essa não é a forma correta de olharmos para o mundo. Sou muito mais adepto de uma visão complexa da política internacional, em que as diversas variáveis interagem entre si e é precisamente isso que explica a turbulência e a imprevisibilidade dos acontecimentos que estamos a viver, num ambiente de entropia significativa. Só conseguiremos analisar o mundo à luz de uma abordagem multidisciplinar. Esse é o modelo de análise que defendo.

No meio da turbulência encontra, contudo, «fontes de ordem». Quer identificá-las?

Quando o sistema entra em desequilíbrio, e atinge a tal bifurcação, mais tarde ou mais cedo, acaba por reconfigurar-se. Pode levar tempo, mas é isso que acontece. A reconfiguração por norma acontece em torno de instituições, algumas instituições que, entretanto, foram adaptadas ou fruto de novos entendimentos.  Será muito interessante verificar quais serão os Estados e as instituições com maior capacidade e poder de atração. Essas serão as novas fontes da ordem internacional.

A NATO e a UE são, por exemplo, algumas dessas instituições fontes de ordem?

Sim, Mas para outros países, que não se resumem à China e à Rússia, entidades como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio, não são vistas como sendo favoráveis aos seus interesses. Admito que seja necessário adaptar e criar novas instituições para haver uma nova ordem internacional.

Perante a turbulência que vivemos, como é que perspetiva a dinâmica de blocos políticos e económicos? O que se desenha no horizonte?

Essa é uma questão, ao mesmo tempo, interessante e muito difícil. Temos vivido integrados num único sistema. É provável que caminhemos para uma configuração bastante diferente. Pode ser bipolar (Estados Unidos e China), mas tenho dúvidas. Penso que poderá ser multipolar em muitos setores e mais multipolar noutros setores. Curiosamente onde a multipolaridade está mais atrasada é no setor financeiro internacional, onde o dólar continua a ser a moeda dominante. Ainda há muitas dúvidas no ar: acredito que a chave será em saber quem terá mais poder de atração para reconfigurar o sistema. O que Putin procurou fazer com a guerra na Ucrânia foi dar um passo nesse sentido: provar a força da Rússia, mostrando que ela era absolutamente essencial no desenho desta nova reconfiguração.

E Putin está a atingir os seus propósitos?

Não creio. A Rússia está a ser enfraquecida por esta guerra e está a ficar mais dependente da China, do que obviamente pensaria que fosse possível há um ano. Mas não dou por adquirido que os EUA e a Europa vão continuar a dominar o sistema como o fizeram na última década. Não é possível que assim continue. E deixo o meu alerta: Portugal pode ser muito afetado no que acontecer neste domínio. Temos de estar mais predispostos a agir, em função da interpretação dos nossos interesses e valores.

O episódio do balão voltou a deixar ao rubro a tensão diplomática entre os EUA e a China. Qual será o relacionamento destas duas superpotências: cooperação ou o confronto?

A China sob a liderança de Xi Jinping é um país altamente ideológico. O presidente chinês tornou sempre isso claro nos seus discursos. Pelo menos desde 2012, Pequim entende que está em profunda competição ideológica com as democracias liberais. E nós em Portugal não temos consciência disso. Olhamos para a China apenas do ponto de vista da vantagem económica. A fórmula que está, neste momento, em vigor na Europa e nos Estados Unidos passa por cooperar ou competir com a China em função do que estiver em cima da mesa. Percebo a fórmula, mas creio que será difícil cooperar e competir em simultâneo.

Mas o episódio do balão, que os americanos alegam tinha material de espionagem, não vai fazer pender a balança, nos tempos mais próximos, para o confronto?
Independentemente do que se venha a descobrir, este episodio aumentará as desconfianças entre a Europa e os Estados Unidos na cooperação com a China. Nomeadamente, na investigação científica nas áreas relacionadas com o ambiente. Vai ser difícil navegar neste mundo e, por isso, para já o importante é ir negociando em função do que está a acontecer.

Na era dos drones e dos satélites, que utilidade têm os balões de espionagem?
O episodio do balão fez esquecer a sofisticação do programa de satélites que a China dispõe. Independentemente do equipamento que viajava a bordo, os balões de vigilância têm vantagens consideráveis na aquisição de certo tipo de informações por persistirem sobre uma determinada zona geográfica, ao contrário dos satélites que passam muito rapidamente sobre determinada localização geográfica. Para além disso, o preço de um balão é muitíssimo inferior a um satélite muito sofisticado.

O tema de Taiwan, com o atual “speaker” do Congresso norte-americano a ameaçar visitar o território, após a viagem da sua antecessora, Nancy Pelosi, será mais um acontecimento capaz de enfurecer os chineses?

Claramente. Na última década, Pequim consolidou o controlo sobre a sua fronteira terrestre. No Tibete, as escaramuças com a Índia nos Himalaias continuam e, obviamente, na consolidação do seu controlo sobre os territórios de Hong Kong e Macau. Resta a afirmação dos interesses chineses no nordeste da Ásia e no mar do sul da China em termos marítimos. Isto colide com os interesses de potências industriais como o Japão, a Coreia do Sul e, naturalmente, Taiwan. Isto já para não falar dos países que nas costas da China dependem da globalização e que terão muita dificuldade em aceitar a hegemonia marítima chinesa nas suas linhas de comunicação.

Taiwan é apenas um opositor económico dos chineses?

Taiwan é, sobretudo, um obstáculo ideológico de Pequim. É inconcebível para Xi Jinping que Taiwan não esteja sob o domínio chinês – apesar de Taiwan nunca ter estado sob o domínio de uma China dominada pelo partido comunista chinês. Aquilo que aconteceu em Macau e Hong Kong é uma forte mensagem aos taiwaneses sobre o destino que lhes espera se forem integrados na China. Já que falou da visita de Nancy Pelosi e da viagem que o atual “speaker” pensa fazer a Taiwan, é curioso notar que o único dossiê em que republicanos e democratas estão de acordo é precisamente…Taiwan. Não é de excluir, por isso, que no ciclo eleitoral que se aproxima, algum político norte-americano tenha a tentação de jogar essa carta, sobretudo, para tirar dividendos domésticos.

Por falar em política norte-americana, como antecipa uma eventual vitória de Donald Trump, como candidato republicano, nas eleições presidenciais, em novembro de 2024?

2024 é um ano muito importante e não apenas nos Estados Unidos. Realizam-se, também, eleições na Rússia e na Ucrânia. Não será a vitória de Putin a estar em risco – até porque sabemos como lá as eleições funcionam – mas o resultado vai depender muito do que se passar nos próximos meses na guerra com a Ucrânia. Putin precisa de sair vencedor de algo este ano e é esta pressa que explica a escalada militar do conflito. Já na Ucrânia não estou a ver como fazer uma campanha eleitoral e mesmo umas eleições no meio de uma guerra. Quanto aos Estados Unidos não estou de todo convencido que Donald Trump seja o candidato dos republicanos.

Há outros candidatos que o podem derrotar nas primárias?
Acho que sim. Aliás, alguns dos grandes financiadores republicanos já deram a entender que não querem Donald Trump. Pretendem apoiar alguém diferente, uma personalidade menos polarizadora do que o ex-presidente.

Nas conclusões do seu livro, replica uma estrofe da música «Age of anxiety I» (era da ansiedade), da banda canadiana Arcade Fire. É a definição que ilustra o mundo convulso em que vivemos?

É uma música que explica bem aquilo que todos nós sentimos. É normal em momentos de transição, como o que estamos a viver, as pessoas sentirem-se perplexas e ansiosas perante aquilo que está a acontecer. A pandemia seguida, quase de imediato, pela guerra na Ucrânia, acelerou esta transição. Por isso, a importância que existam pessoas que decifrem e expliquem o que se passa. O meu contributo com este livro mais não é do que uma proposta de interpretação dos acontecimentos. E também gostaria de desmistificar a ideia de muitas pessoas que pensam que estamos a viver tempos únicos na História.  Não é essa a minha leitura. Penso que já vivemos muitos momentos assim no passado, outros correram pior, outros melhor. E fica outro conselho: leiam mais História e participem mais ativamente na vida cívica do vosso país.

Onde é que Portugal se situa e que papel deve ter no complexo xadrez geopolítico mundial?

Primeiro ponto: temos ou não capacidade para ajudar a fornecer ordem e a estruturar o sistema? Em caso afirmativo, precisamos, seguidamente, de arrumar a casa. E isso passa por ter uma melhor economia. O envelhecimento demográfico e a falta de confiança no futuro do país são, na minha opinião, as duas grandes fragilidades de Portugal. O primeiro terá consequências negativas em termos de inflação, crescimento económico e produtividade. Por seu turno, a falta de confiança que temos no país leva a que muitos dos nossos compatriotas abandonem Portugal pelo facto de entenderem que não temos o ecossistema que lhes permite ter uma vida boa.  

E na nossa relação com o exterior, devemos privilegiar a relação com a Europa?

Identificando as nossas opções tecnológicas e industriais, devemos ponderar onde nos posicionamos melhor. Na minha opinião, continua a ser na área euro-atlântica. Este deve ser o grande pilar da concentração dos nossos interesses. Mas continua a faltar debate sobre esta matéria.

O processo de desindustrialização que o país sofreu nas últimas décadas é outra fragilidade que joga em nosso desfavor?

Vamos ver se temos capacidade para atrair investimento industrial. Repare que um fator que levou a que nos aproximássemos da China, foi a expetativa que teríamos investimento chinês a nível industrial de forma significativa. Isso nunca aconteceu. Eu evitaria uma dependência excessiva relativamente a países que não têm um sistema democrático e cujas empresas públicas seguem instruções de um Estado que tem um regime político muito diferente do nosso. E estou a falar, em concreto, da China.

Refere-se, por exemplo, à aquisição por parte da China de ativos económicos portugueses?
Sim. Penso que devemos adotar o princípio da reciprocidade. Não consigo perceber como é que a China faz certas coisas em Portugal e nós não as podemos fazer no país deles. Isto para dar um exemplo. É certo que o nosso país, no início da década passada, estava a braços com grandes vulnerabilidades e teve de tomar decisões difíceis do ponto de vista financeiro. Mas custa-me que Portugal tenha ficado numa posição de fraqueza. A China fez o seu papel, aproveitou, defendendo os seus interesses.

Como professor universitário que é, refere que este livro é escrito para uma nova geração de alunos nas áreas da Ciência Política e das Relações Internacionais. Defende que a separação que se continua a fazer entre as Humanidades e a Ciência não faz sentido na análise da política internacional. Pode desenvolver esta sua tese?

Eu venho da área dos estudos estratégicos e neste domínio, basicamente, avaliamos o risco e as oportunidades. O que entendo é que só o modelo de análise de uma disciplina para avaliar o risco não é suficiente. Preconizo, por isso, que a análise dos riscos e das oportunidades deve ser multidisciplinar. Como tal, a separação que é feita em Portugal entre Humanidades e Ciência, e que acontece a partir do 10.º ano de escolaridade, não faz sentido nenhum em termos de análise. Com a particularidade de não ser seguida em muitos outros países europeus.  Veria com muitos bons olhos que uma nova geração de alunos das áreas da Engenharia, Física, Filosofia, Arte, Relações Internacionais, etc. se juntassem à discussão e contribuíssem com conceitos e ideias para a análise daquilo que está a acontecer. Teria, por isso, muito gosto e prazer em interagir com essas pessoas. E o percurso inverso também podia ser feito. E estou em crer que essas áreas também sairiam a ganhar, adotando novos conceitos. Infelizmente, em Portugal continuamos muito acantonados em silos, que não comunicam entre si.

Para finalizar, diz que «Portugal é um país de comentadores». Como é que um analista se consegue evidenciar e fazer passar a sua mensagem, necessariamente mais densa e em maior profundidade?

A propósito do debate gerado aquando do início da guerra da Ucrânia, categorizei os seguintes profissionais neste ecossistema: os jornalistas, os especialistas, os analistas e os comentadores – todos têm um papel importante desempenhar. Uma República Liberal como a nossa vive do debate permanente entre estas pessoas e assim é que se formam ideias e opiniões.

Mas o modelo em Portugal assenta, sobretudo, no comentário e menos na análise. Nada tenho contra os outros intervenientes, mas creio que devia haver mais analistas.

O que é que distingue, por exemplo, um analista de um comentador?

A análise é distinta do comentário, a começar pelo horizonte temporal. O comentador, pela natureza da sua função, tem de falar de imensa coisa ao longo de uma semana, enquanto o analista não faz isso. Nem é essa a sua função. O comentário é, frequentemente, muito mais tático em relação aos acontecimentos. A análise tende a ser mais estratégica. Um analista raramente está interessado em falar sobre o que está a acontecer nesse dia.  Isso é matéria para o jornalista e para o comentador.

 

A CARA DA NOTÍCIA

Foco na evolução político-militar do Globo

Miguel Monjardino, natural e residente em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, é um dos principais comentadores dos temas de política e segurança no nosso país. É professor convidado de Geopolítica e Geoestratégia no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa e colunista de política internacional no jornal «Expresso».
É ainda analista político-militar da SIC-Notícias desde 2001. Estudou Direito na Universidade de Lisboa, seguindo-se depois a formação académica em Segurança Internacional e Estudos Estratégicos na Universidade de Reading e de Birmingham, em Inglaterra. Foi investigador-visitante na Universidade de Maryland em College Park.
«Por onde irá a História?» é a sua mais recente proposta, em forma de livro, com a chancela do Clube do Autor, para analisar as razões do desequilíbrio do sistema internacional, à luz dos factos da geopolítica.

Nuno Dias da Silva
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