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Jorge Miguel Miranda, presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) Ondas de calor vão ter nome como acontece com os furacões

01-08-2022

Juntar uma seca sem precedentes a uma onda de calor é o cenário «muito duro» com que o país se confronta nas próximas semanas. Jorge Miguel Miranda, presidente do IPMA, afirma que as maiores preocupações residem no “stress” climático e defende que as autoridades e as populações devem preparar-se para cenários climáticos cada vez mais adversos.

Secas extremas, ondas de calor e inundações rápidas mais frequentes. Estamos numa era dos extremos sem possibilidade de retorno?
Aparentemente, todos os resultados obtidos nos estudos realizados apontam para um cenário mais gravoso. Constata-se que o mundo está mais quente, o mundo atmosférico está mais energético e a fração de acontecimentos que se sucedem está, claramente, a aumentar. Isso é visível para qualquer pessoa, no dia a dia. E outro aspeto relevante é que, de há meia dúzia de anos a esta parte, vários registos têm sido sucessivamente pulverizados: é o caso da temperatura máxima, a precipitação total máxima ou os dias sem chuva consecutivos ou de ondas de calor. É perturbador. Outro fenómeno raro foi os furacões chegarem até à nossa latitude e muito recentemente tivemos o “Leslie” no continente e o “Lorenzo”, nos Açores, com um impacto tremendo no Faial e nas Flores. É, por isso, um cenário digno de um «novo normal», como agora se costuma ouvir. Para ter uma noção da rapidez com que a situação evolui, no seio de várias entidades meteorológicas no quadro europeu já se fala da possibilidade de se atribuir um nome às ondas de calor, como já acontece com os furacões.

Para um leigo, o anticiclone dos Açores e as massas de ar quente provenientes do norte de África influenciam fortemente o estado do tempo. Como se explica isto?
O continente português tem uma localização muito peculiar, na medida em que está no “interface” entre o Atlântico e o continente europeu. O clima é a média das condições meteorológicas num período alargado que observamos num dado território. O clima é o fator que determina a ocupação do solo. O solo acaba por nos transmitir, indiretamente, qual é o clima daquele território e os fatores meteorológicos que influenciam o ciclo vegetativo. Um clima desértico é diferente de um montado no Alentejo ou do clima que se observa no Minho, mais húmido e chuvoso. Mas a situação que coloca é explicada por duas realidades sinóticas distintas: o que chamamos verão e o que chamamos inverno. Na primeira estação forma-se um padrão de circulação que é caraterizado por uma situação anticiclónica que está centrada nos Açores, mas que cobre esta zona do Atlântico norte. Simultaneamente, o escudo africano, que tem uma latitude mais baixa, e tem uma região que é desértica, gera uma outra situação, uma região de baixas pressões, que quando se prolonga para norte ocupa uma parte significativa da Península Ibérica, o que explica o clima quase semi-desértico de uma parte da Andaluzia e do nosso Alentejo. A conjugação destas duas situações, durante o verão, dá-nos o vento de leste, a água mais tépida no algarve e a água mais fresca na costa atlântica.

A situação é diferente no inverno?
No inverno somos invadidos ciclicamente por depressões provenientes do Atlântico, normalmente muito carregadas de água. Uma massa de ar vinda do Atlântico, mais fresca e mais húmida, traz, normalmente, precipitação, que pode ser mais ou menos abundante.

São os chamados sistemas frontais e que nas cartas meteorológicas são identificadas por “B”, enquanto os anticiclones são identificados por “A”…
Sim, o “A” e o “B”. Mas é preciso esclarecer uma coisa que está a gerar confusão. Estamos, realmente, a entrar num novo clima, mais quente e mais seco, mas ao nível do Mediterrâneo e da bacia do Atlântico. Aqui prevê-se com alto grau de confiança a redução da precipitação. Contudo, há outras zonas da Terra em que se prevê o contrário, ou seja, o aumento da precipitação. No conjunto do Planeta, a precipitação até irá aumentar, só que será distribuída de forma diferente. Importa também relevar que estas alterações estão a registar-se num período muito curto de tempo. No caso português, estamos a assistir a um clima semi-desértico em cima de uma floresta atlântica.

As estações do ano estão muito incaraterísticas. Ainda faz sentido falar de estações do ano tal como as conhecíamos há 20 ou 30 anos?
Faz sentido porque as estações do ano são fenómenos astronómicos. Tem a ver com a duração do dia. Por exemplo, se as noites forem longas e os dias curtos, o clima tende a ser mais frio. O clima é uma consequência da dinâmica média da atmosfera e que se relaciona com a forma como se deslocam os sistemas frontais, a evolução das diferentes massas de ar, etc.

A precisão das previsões meteorológicas é cada vez melhor, contudo os meteorologistas pedem sempre prudência. 72 horas é o tempo máximo para uma previsão ser considerada fiável?
Não. A nossa previsão vai até 12 dias. Do 10.º dia em diante a probabilidade de acertar já é baixa. Nós temos ganho um dia de previsão em cada década, desde os anos 80. Atualmente, previmos razoavelmente bem a cinco dias, mas creio que devemos melhorar na forma como transmitimos às pessoas o erro da previsão. Por exemplo, costumamos dizer que a previsão aponta para 35 graus de temperatura, quando o que devíamos dizer era 35 graus, mais 2 ou menos 2 graus. É uma das áreas em que temos de melhorar. Com o nosso trabalho, acredito que as pessoas estão mais preparadas para serem capazes, na sua cabeça, de gerirem a incerteza. E, para corresponder a isso, o IPMA tem vindo a aumentar a informação que disponibiliza publicamente. Tenho participado diretamente nos grupos de trabalho que avaliam a situação dos fogos e devo-lhe dizer que hoje, quase todos os atores envolvidos têm a capacidade real de compreenderem e utilizarem a linguagem e os indicadores meteorológicos e que vai muito para além da temperatura e do vento. Não tem nada a ver se compararmos com o que era nos últimos 5 ou 10 anos, por exemplo.

O cidadão comum também está cada vez mais interessado sobre estas matérias?
Temos a indicação que são muitos os portugueses que acedem à informação que divulgamos. O que traduz que a capacidade de as pessoas utilizarem a informação é muitíssimo grande. O conhecimento geral tenderá a ser maior e para corresponder a essa evolução temos é de disponibilizar ainda mais informação.

Como responsável máximo do IPMA como convive com a “concorrência” dos sites e das páginas de Facebook e Instagram dos chamados meteorologistas amadores?
Digo-lhe com toda a franqueza, vejo essas páginas e esses sites todos os dias. Os que dizem bem e os que dizem mal. Nós usamos a crítica e as sugestões para fazermos melhor e corrigir aquilo que podemos, pese embora os nossos recursos limitados. Já agora, e aproveitando a deixa, o IPMA tem uma página de Facebook em que não existe qualquer filtro nos comentários lá colocados, mesmo que sejam despropositados ou fora de contexto.

Os alertas tardios ou inexistentes como forma de prevenir determinados fenómenos meteorológicos são as principais críticas que fazem ao IPMA. Mas permita-me que, em abono da verdade, relembre que o IPMA emitiu um alerta vermelho para o dia dos trágicos acontecimentos de Pedrógão Grande, a 17 de junho de 2017…
Foi o primeiro alerta vermelho nacional emitido pelo IPMA. Já agora, o segundo alerta vermelho aconteceu uns meses mais tarde, em outubro, dois dias antes de mais uma série de incêndios que fustigaram a zona centro do país. Há uma grande incompreensão à volta disso. Quero deixar claro que os alertas não dependem da vontade ou da interpretação dos meteorologistas. Os alertas dependem dos dados estatísticos que dispomos e procuramos que sejam públicos com antecedência. Mas sabemos a responsabilidade que pesa sobre os nossos ombros. Emitir um alerta de alto grau vai gerar transtornos e dificuldades a muita gente e vai mobilizar recursos humanos e técnicos das autoridades, nomeadamente a Proteção Civil. Admito, sem problema, que temos cometido alguns erros. Nomeadamente há dois anos tivemos um deslize importante sobre o nível de alerta decretado. Mas, posteriormente aos alertas, procuramos sempre analisar o que eventualmente poderá ter falhado.

Em pleno verão, como agora estamos, os alertas para o risco de incêndios rurais é muito importante para a planificação de meios no terreno…
É fundamental para a Proteção Civil, os bombeiros e a GNR concentrarem e posicionarem os seus meios nas proximidades das zonas de maior risco. Recentemente, tivemos um incêndio em São Marcos da Serra, no Algarve, numa zona morfologicamente difícil, com ribanceiras, acessos complexos ou inexistentes, linhas de média tensão por todo o lado, etc. O incêndio foi contido, e para tal muito terá contribuído o antecipado posicionamento dos meios. Mas, como já disse anteriormente, toda a informação que se possa adicionar é válida e importante. Inclusive até dos meteorologias amadores que têm um conhecimento muito extensivo da sua região ou o recurso a redes meteorológicas que não são “standard”. Acredito, cada vez mais, nesta lógica de trabalhar em rede com todas as pessoas na recolha de informação cientificamente válida. Até porque estamos a mudar de paradigma relativamente à observação da Terra, abandonando um modelo centralista. Para esta transição ambiental de que tanto se fala todos teremos que fazer parte do sistema. É preciso saber, em cada local e em cada situação, o que está realmente a acontecer. Muitas das alterações climáticas que vão acontecer estão razoavelmente bem previstas, mas outras há que não estão, até porque os ecossistemas biológicos são muito complexos. Precisamos do contributo do “cidadão cientista” e do olhar de 10 milhões de portugueses, que se sintam como uma espécie de guardiões da Terra. Isto é fundamental para um dia termos uma plataforma agregadora de informação: uma rede social do Planeta e do clima.

Os modelos meteorológicos são uma das principais fontes de informação para a produção de previsões. Quais são os mais fiáveis?
Existem uma boa dúzia de modelos meteorológicos globais – que obtêm informação da Terra inteira – e que são muito importantes para a previsão. Porque o tempo que estará daqui a seis dias em Lisboa ou no Porto é influenciado pelo tempo atual na América do Sul. O IPMA é o polo português da rede meteorológica europeia. Toda a informação meteorológica é concentrada no sistema chamado GTS, que é gerido pela Organização Meteorológica Mundial. Até agora o modelo com melhor “performance” tem sido o do Centro Europeu, que inclui vários países da Europa. Este sistema é alimentado pelos satélites de uma outra organização que é o “EUMETSAT” que tem uma cooperação estreita com a China, o Japão, os Estados Unidos, etc. Para além disso, temos o sistema americano, que se tornou muito popular por ter sido o primeiro a ser aberto a toda a gente. Também dispomos dos modelos chinês e japonês, que são globais, e na Europa, o alemão (que é muito bom na previsão a 24 horas), sem esquecer o modelo do Met Office, o serviço nacional de meteorologia do Reino Unido. A competição entre modelos e a cooperação entre especialistas de todo o mundo, como deve imaginar, é o melhor que um meteorologista pode ter, porque aumenta a quantidade de informação disponível e a corrida para a melhoria tecnológica. Como as previsões sazonais são as mais difíceis, o que os meteorologistas normalmente fazem nestas previsões, a três ou quatro meses de distância, é misturar todos os modelos, porque é quase certo que se ganhará alguma coisa.

Em que medida é que a inteligência artificial condiciona a precisão da previsão?
Até agora não há evidência de que o “machine learning” melhore a previsão. O próprio ato de fazer a previsão ainda tem uma componente humana muito forte, nomeadamente com a reanálise e correção da previsão e os próprios cálculos dos modelos. Mas é incontornável admitir que o “machine learning” será crítico. A quantidade de informação é de tal monta que teremos de dispor de máquinas para analisá-la. É um futuro muito próximo que está ao nosso alcance. Enquanto isso, na Europa, por exemplo, tem-se seguido uma estratégia de mutualização de recursos, meios e ideias, para que o “velho” continente se mantenha na liderança mundial da meteorologia do clima.

Já agora, para quem está ou para quem ainda vai de férias, o que esperar destes próximos dois meses em matéria de Verão?
Nas próximas duas semanas, a partir do fim de semana de 30 e 31 de julho, é provável que se verifique uma nova onda de calor. Não tão grande como a anterior mas, ainda assim, significativa. Vamos todos ser realistas: o verão vai ser tremendamente difícil. Não tanto pelo “stress” meteorológico, mas mais pelo “stress” climático. Recentemente, 2022 foi classificado pelo IPMA como o segundo ano mais seco de sempre, mas dentro de um mês pode passar a ser o primeiro mais seco da história. Juntar a uma seca sem precedentes uma onda de calor tem um impacto muito duro. A única forma de passarmos isto, é com uma enorme cooperação entre as pessoas. E isto não inclui só as autoridades diversas, mas a própria sociedade civil, e em particular o comportamento das populações.

Sendo os cenários extremos cada vez mais frequentes, como é que as populações e as autoridades (nomeadamente a Proteção Civil) se devem preparar?
O IPMA tem procurado alargar o período de previsão, também para antecipar a previsão para situações de risco de incêndio. Deste modo, as autoridades ficam com uma noção muito próxima de onde devem posicionar os meios. Considero que, hoje em dia, os incêndios são muito meteorológicos. Dito por outras palavras, não ao nível onde se inicia o incêndio, mas em termos da sua propagação. É disso que depende, por parte das autoridades de Proteção Civil, o combate que vão fazer ao fogo: através de um ataque inicial ou um ataque ampliado. Por outro lado, defendo que se devem adotar restrições, tanto ao nível dos trabalhos de máquinas agrícolas, como no lançamento de foguetes. As pessoas podem não ter a noção, mas uma simples roçadora pode gerar uma faísca e iniciar um incêndio de grandes proporções num terreno seco. É preciso ter o máximo cuidado, porque um incêndio num ano húmido pode ser um problema local, mas num ano extremamente seco pode ser um imenso problema regional.

É um especialista na investigação de sismos e “tsunamis” e recentemente até afirmou que mais tarde ou mais cedo teremos de estar preparados para evacuar cidades. De que forma é que a educação pode prevenir a resposta a potenciais calamidades?
Muito do que se pode fazer, está a fazer-se. Penso que a maior dificuldade não é tanto nas ações individuais, mas mais na preparação das empresas e, nomeadamente, nas infraestruturas (ruas, acessos, etc.) que dispomos por não serem as mais adaptadas para gerir situações de risco muito elevado. Por isso, e respondendo à sua pergunta, a educação é importante, mas tem de vir associada à componente da adaptação das nossas infraestruturas ao mundo que está aí. Para os mais jovens o melhor treino são os exercícios e os simulacros. É a melhor forma de preparar e acautelar respostas inteligentes. Infelizmente, neste particular a nossa cultura é, realmente, laxista. Basta dar o exemplo de um comum incêndio urbano, em que são feitos muito poucos exercícios e simulacros. Nada se faz bem sem prática e o próprio improviso deve ser o melhor planeado possível. Por isso, defendo que determinados exercícios no âmbito da Proteção Civil devem ser obrigatórios, nomeadamente nas escolas e nas próprias empresas. Os simulacros são caros e têm custos sociais significativos, mas são o único mecanismo para dar uma resposta eficaz.

Qual é a relação do IPMA com os estabelecimentos de ensino?
Não é tão boa como devia ser. Mas isso também tem uma explicação: os nossos recursos também são poucos. Para ter uma ideia, a divisão de clima tem no máximo uma dezena de pessoas, sendo que duas estão em permanência a dar apoio às estações para que elas não parem. São equipas pequenas, mas com um enorme conjunto de atribuições. Felizmente, é grande o reconhecimento e enraizamento dos profissionais do IPMA na sociedade portuguesa. Mas, voltando à sua pergunta, admito que, de facto, devíamos ter uma cooperação com o ensino básico e secundário muito maior. É uma fragilidade que estamos a tentar corrigir. Mas como compreenderá a nossa prioridade é ter radares, estações e laboratórios, porque a vida económica do país depende disso. Como também depende a segurança alimentar dos produtos do mar e a própria segurança das populações e dos aviões.

A sua formação é em geofísica. Que carreira académica deve seguir um estudante que se sinta atraído pela meteorologia?
Existem cursos de meteorologia, geofísica e oceanografia em Aveiro e em Lisboa. Mas qualquer estudante que tenha uma formação base em física e matemática ou que tenha uma formação complementar em engenharia mecânica, é recebido de braços abertos no IPMA. Para os eventuais interessados, aviso já que é uma profissão muito trabalhosa, mal paga, mas dispõe de um grande reconhecimento por parte das pessoas. Muitos rostos do IPMA são conhecidos por muitos portugueses.

Por falar nisso, a minha última pergunta é, precisamente, sobre a meteorologia na Televisão. Anthímio de Azevedo e Costa Alves foram alguns dos nomes míticos do Tempo no pequeno ecrã. Atualmente, os boletins meteorológicos apresentados por profissionais do IPMA acontecem apenas na RTP e à margem dos telejornais mais importantes. Face à popularidade granjeada por estes programas, não seria mais apropriado incluí-los nos noticiários do almoço e da noite?
Isso depende das decisões dos canais. Rubricámos um acordo com a RTP-1, em que temos dois profissionais do IPMA nos estúdios de segunda a sexta-feira. Mas é o próprio canal público que faz a escolha das pessoas que, segundo eles, têm mais telegenia. Contudo, posso garantir, que os meteorologistas que vão a estúdio são os que estiveram horas antes de serviço a fazer a previsão. Relativamente aos outros canais privados, preferem apresentar mapas e números. É uma decisão deles. Quando cheguei aqui há mais de 10 anos a meteorologia tinha sido banida do canal público e os outros canais preferiam ir buscar informação internacional de baixa qualidade. Felizmente a situação, apesar de não completamente, alterou-se. Para além disso, os diretos de órgãos de comunicação social nas instalações do IPMA são muito frequentes e diria que praticamente todos os dias existe um carro de um canal televisivo estacionada à nossa porta. A abertura é total e a nossa informação é pública e esta disponível para quem a quiser utilizar.

 

Cara da Notícia

Investigação em geomagnetismo e tsunamis

Jorge Miguel Miranda é presidente do conselho diretivo do IPMA desde 2013. Professor catedrático de geofísica na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), presidiu ao conselho pedagógico da instituição e foi membro do conselho geral da mesma universidade. Entre 2009 e 2011, também na FCUL, liderou o Instituto de Ciência Aplicada e Tecnologia, Centro de Empreendedorismo. Foi também na FCUL que se licenciou em física (geofísica), em 1981, doutorou-se em 1990 e obteve a agregação em 2002. Presidiu ao Conselho do Centro Europeu de Previsão de Tempo a Médio Prazo. A sua atividade de investigação está focada no geomagnetismo, geofísica marinha e em riscos naturais, em particular “tsunamis”.

 

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Nuno Dias da Silva
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