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Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVII

Tiago Rodrigues, diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II ‘A pandemia poderá ser um catalisador de novas ações e ideias’

22-02-2021

Tiago Rodrigues, um dos nomes mais respeitados do atual meio artístico e cultural português, acredita que, passada a pandemia, o público regressará em força às salas de espetáculos e uma “explosão criativa” fará parte da transformação a que se assistirá na próxima década. O ator e encenador defende que o futuro das sociedades está na mão das gerações mais novas e que lhes deve ser dado mais poder, mais espaço e mais voz.

Disse recentemente que «no setor da Cultura a única coisa verdadeiramente transversal é a precariedade.» Com a pandemia, o que era precário está agora ao nível da sobrevivência?
Sim, desde o início da pandemia que a situação passou a ser de sobrevivência. Aliás, vai fazer um ano no próximo dia 13 de março, data simbólica que marcou o encerramento das salas de espetáculos, entre as quais o Teatro D. Maria II. Os trabalhadores das Artes e da Cultura passaram a debater-se com questões básicas de subsistência imediata, como pagar a renda da casa ou fazer as suas refeições. A pandemia veio revelar, com uma evidência ofuscante, que este setor é precário e subfinanciado cronicamente há muitos anos. Não é de estranhar, por isso, que a margem de aforro, dos trabalhadores e das instituições afetas a esta área, seja mínima ou inexistente. E quando aconteceu algo que paralisou o setor, não existiam ferramentas para responder com a eficácia necessária a uma situação tão calamitosa. O estado na área da Cultura é de catástrofe. Mas a situação não é só portuguesa. Os estudos indicam que na Europa os setores mais atingidos são a Aviação e a Cultura.

As medidas de apoio à Cultura decididas pelo Estado foram as que esperavam?
As medidas foram tardias e insuficientes, mas reconheço que há melhorias na forma como o Estado respondeu nesta terceira vaga aos problemas do setor. No essencial, a pandemia veio levantar o véu sobre os problemas profundos e históricos de negligência política daquilo que é a vida cultural e artística portuguesa. Infelizmente, por detrás da excelência do trabalho artístico existe muita fragilidade e muita precariedade.

Dirige um teatro financiado com dinheiros públicos. Como é que vê a situação de fragilidade com que se confrontam dezenas ou centenas de companhias de teatro amador por esse país fora?
Faria uma distinção entre as companhias de Teatro amador – um universo importante, mas não profissional – e as companhias independentes de Teatro e Dança profissionais. São estas companhias e todos os artistas que as integram o garante do serviço público de Cultura em Portugal. Os teatros nacionais, municipais e as instituições culturais não conseguiriam prestar na totalidade o próprio serviço público que prestam sem o contributo e colaboração das companhias independentes. Lamentavelmente, as instituições culturais foram encolhidas ao mínimo e perderam capacidade de produção. E isso refletiu-se no próprio financiamento do Estado às companhias independentes, o que agravou a sua asfixia financeira. O panorama é, por isso, de grande instabilidade. Para ter uma ideia, a nível nacional, apenas os teatros nacionais D. Maria II e São João é que têm atores contratados. Os outros teatros municipais espalhados pelo país não dispõem da sua companhia residente ou de um corpo artístico e dependem da colaboração que mantêm com a cena independente.

Ou seja, esta paralisação de quase um ano, com pequenas intermitências, expôs, de forma nua e crua, as debilidades de um setor carente de ajuda?
Com esta pandemia ficámos com um retrato muito claro do subfinanciamento crónico do setor. Numa democracia evoluída a Cultura e as Artes são um motor de educação e de pensamento critico. Pese embora a Constituição da República exigir que o Estado cumpra e garanta um direito previsto na Lei Fundamental, o financiamento previsto, neste momento para a Cultura não permite assegurar.

Afirma que «os políticos veem a Cultura como um acessório de luxo que se exibe na lapela em dias de festa.» Para a classe política a Cultura está longe de ser um bem de primeira necessidade?
Tento evitar, na medida do possível, generalizações. E isso aplica-se a classes profissionais, a estratos sociais e, claro está, aos políticos. O que acontece é que os decisores políticos – pelo poder que têm de gerir a produção e execução das leis – e refiro-me aos sucessivos governos da nossa democracia, negligenciaram a Cultura e as Artes, independentemente de já termos tido governos com projetos interessantes e uma retórica a favor de um lugar próprio da Cultura na sociedade. Mas faltou a estabilidade, o planeamento, a visão e a coragem política para assumir que a Cultura e as Artes são um desígnio nacional e parte indissociável da saúde da nossa democracia. E o que nós vemos é que apenas em efemérides ou em grandes celebrações é que a Cultura surge, aos olhos de autarcas ou governantes, como um emblema que se coloca na lapela e que doura o dia em que é preciso fazer um discurso. Infelizmente, no trabalho quotidiano e na implementação de políticas sustentadas a Cultura é relegada. Basta olhar para os orçamentos de Estado.

Um por cento do Orçamento do Estado canalizado para a cultura seria um objetivo?
Um por cento para a Cultura é uma meta simbólica. Utilizando uma metáfora automobilística, um país como Portugal, que ainda conduz um carro com mudanças, seria como engrenar a terceira e neste momento, dado o nosso atraso, precisávamos de meter a quinta. Ou seja, essa seria uma ótima notícia mas, ainda assim, insuficiente para compensar o atraso histórico com que chegámos a uma tentativa de resolução do problema. O trabalho de descentralização da Cultura e das Artes que foi desenvolvido em França, desde o pós-II Guerra Mundial, está ainda por concretizar em Portugal. E esse esforço passa por materializar uma relação forte com o território, mas também no entrosamento com o sistema de Educação e entre os dois ministérios, Cultura e Educação. Numa comunidade os teatros devem sempre ter uma relação forte com as escolas. Em França e também na Alemanha o Teatro é perspetivado como um valor fundamental no quotidiano das pessoas e uma parte indispensável da cidadania. Na minha opinião, a cidadania só se completa quando conseguimos ter tempo e interesse em participar da vida cultural. Este é um trabalho por cumprir no nosso país. Temos de recuperar aceleradamente o nosso atraso histórico.

O que quer dizer é que o processo de acesso à democratização da Cultura ainda está em construção?
Está nos seus primeiros passos. Se olharmos para o mapa cultural e artístico português há uma concentração de meios desproporcional, em Lisboa e no Porto, que promove esse movimento demográfico de isolamento do interior. Ter direito a uma vida cultural, à fruição e à prática artística não é o mesmo que ter tomate “Cherry” o ano inteiro. Não é a mesma coisa. Considero que é um direito muito mais aproximado com o direito à Habitação ou com o direito à Educação e à Saúde. E esse direito, como diz a nossa Lei Fundamental, deve acontecer na totalidade do território, através de um acesso fácil. Portugal apresenta uma assimetria enorme entre o interior rural e o litoral urbano, no acesso a uma vida cultural. E essa assimetria tem uma perversidade.

Qual é?
É uma assimetria muito violenta, mas silenciosa e invisível. Quando fecha uma urgência hospitalar, um tribunal, um posto de correios, uma esquadra de polícia, os protestos surgem de imediato. No quotidiano das pessoas emerge a sensação de que lhes foi roubado qualquer coisa. Quando fecha um teatro, normalmente isso acontece depois de anos de vazio, de negligência e de inatividade. Ou então, nunca chega a fechar, simplesmente porque nunca abriu. Por exemplo, é chocante que uma vila de três, quatro ou cinco mil habitantes sinta a falta de não ter ou ver encerrar um auditório municipal com uma programação regular e alguma vida cultural, seja no domínio do Cinema, do Teatro ou da Dança. Nessa vila, seja lá onde ela se localize, passa a existir um problema profundo de défice democrático. Precisamos de municípios que apostem também nos dias úteis na promoção cultural e o apelo à sua fruição, e não se fiquem apenas pelos dias de festa, a que me referia anteriormente. E esse crescimento faz-se com a intensificação da relação com as escolas, verdadeiros polos ativadores do contacto com o Teatro. A prática artística tem de ser transformadora da sociedade. É isso que temos feito no Teatro D. Maria II e que, felizmente, vejo acontecer em muitas comunidades artísticas, protagonizada por companhias independentes ou artistas.

Regressemos aos efeitos da pandemia. Ultrapassada a crise pandémica, assistir-se-á a uma explosão criativa ou, como alguém já previu, uma reedição dos «loucos» anos 20 do século passado?
Observámos, durante a segunda vaga, que Portugal era dos poucos países da Europa com os teatros abertos, que o público regressou às salas de espetáculos com uma avidez e em quantidade muito surpreendente. Não era fácil regressar a uma vida coletiva que tinha sido suspensa, mas verificou-se um movimento de reconhecimento de que os teatros cumpriam todas as regras de segurança e eram lugares seguros. Para além disso, valorizou-se a importância dos teatros para a afirmação da identidade de um povo num contexto tão adverso. Creio que é a essa atitude que vamos assistir, nos próximos anos, por parte do público. Acredito que existirá uma reaproximação muito entusiasmada aos teatros. E da parte dos artistas irá haver uma grande explosão criativa, no sentido em que esta “prisão” - que tem sido a pandemia - tem feito fermentar, não só nas ideias, mas em muitos questionamentos. Aprecio muito a frase de José Tolentino de Mendonça que afirmou que «a pandemia levantou o véu sobre problemas», mas também levantou o véu, julgo eu, sobre desejos e esperanças. Dou-lhe um exemplo: após anos de reflexões, um grupo de teatros europeus, onde se inclui, o Teatro D. Maria II, decidiu avançar com mudanças ao nível da sustentabilidade dos edifícios que albergam os teatros e também em termos das próprias equipas que lá trabalham. Após muito tempo a refletir, partiu-se para a ação, operando a mudança. Permita-me que repesque a frase do filósofo Bruno de Latour, que diz que esta pandemia é, de alguma forma, o ensaio geral para catástrofes futuras, que serão todas globais, como é o caso das climáticas. E é esse impulso para mudar, ainda a tempo de evitar futuras crises, que me parece estimulante e transformador. Também aqui, a Cultura e as Artes podem ter um papel importante, por serem ferramentas de pensamento crítico e de transmissão de informação.

Como agora se costuma dizer, perspetivando o futuro, vê o copo meio cheio?
Esta pandemia poderá ser um catalisador, um ativador de novas ações e novas ideias, não apenas criativas, no sentido estético e do discurso artístico, mas o modo de as fazer circular e comercializar, por assim dizer, junto das pessoas, também será alvo de transformação. Como sempre aconteceu na História, quando os meios de produção se alteram, drasticamente, a Arte altera-se, também, drasticamente. Quando os pincéis passam a estar disponíveis e o “Homo Sapiens” deixa de pintar com os dedos, então a Arte transforma-se drasticamente. Acredito, por isso, que a próxima década será, não só, de muitas e distintas ideias, mas também da transformação de como essas ideias se podem por em prática. Por exemplo, vejo cada vez mais artistas a pensar em como podem fazer os seus espetáculos com menos pegada ecológica, reduzindo a mobilidade. A criação artística fará parte da transformação a que assistiremos na próxima década.

Portugal também colherá frutos dessa explosão artística?
Espero que essa explosão artística venha acompanhada de decisões políticas e ferramentas estruturantes para a área da Cultura. Se isso acontecer, estaríamos a viver uma oportunidade única.

Mas recusa que as crises sejam entendidas como uma oportunidade…
Sim, discordo desse mantra neoliberal, que a maior parte das vezes é apenas demagogia. O que acredito é que pela qualidade humana disponível, temos de saltar para este “comboio” de explosão criativa que vai ganhar velocidade nos próximos anos. Evidentemente que não escondo que a ressaca económico-financeira irá afetar, profundamente, a forma como as sociedades se vão reorganizar. Espero que os países sejam capazes de ser solidários e que os grupos financeiros compreendam que não podem trilhar o mesmo caminho de ganância selvagem e obsessão pelo lucro. Espero, por isso, que a pandemia tenha alterado algumas consciências e criado alguma sensibilidade em pessoas que se posicionam em lugares-chave. É preciso permitir que as gerações mais novas ocupem, naturalmente, o lugar de participação cívica, no âmbito de uma renovação daquilo que é a sociedade civil. Para evitar o que agora vemos: por exemplo, tratar uma jovem ativista climática como se fosse um demónio à solta. A inexperiência deve ser vista, muito mais vezes, como uma qualidade, do que como um defeito. E as gerações mais novas devem passar a ter mais poder, mais espaço e mais voz para os debates sobre o futuro das sociedades, nomeadamente o impacto das alterações climáticas e a disputa pelos recursos básicos. Tenho uma filha de 19 anos, e já sabemos, garantidamente, que pela primeira vez na História da civilização, a geração da minha filha viverá pior do que a que a antecedeu. É inédito que uma geração, antes mesmo de ter direito a votar pela primeira vez, já tenha ouvido falar da extinção da sua espécie. Isto nunca aconteceu antes na História da Humanidade.

Declarou, a propósito da peça “Catarina e a beleza de matar fascistas” que a «realidade inspira-me e muitas vezes impele-me a fazer teatro». O previsível agravamento das desigualdades e das injustiças pode ser uma pista para encenar futuras representações?
A atualidade e os grandes fenómenos sociais são uma das grandes fontes de dramaturgia. O teatro, também pela sua condição de precisar do presente para acontecer, é uma arte muito vulnerável ao presente e nasce da observação do real. E esse real não para e ganha novas dimensões muito inesperadas, rapidamente. Não tenho dúvidas que tanto a pandemia e os fenómenos a ela associados, e em que interfere, como é o caso da polarização política, o lugar da desinformação na nossa relação com a realidade que se vem deturpando vertiginosamente e a dificuldade do debate construtivo na nossa sociedade, estão já presentes no Teatro que se faz. A esse propósito, o ano passado conseguimos estrear uma peça chamada «Última Hora», da autoria de Rui Cardoso Martins, sobre a crise nas redações e nos jornais e a forma como a voragem dos interesses financeiros está a transformar para pior a qualidade jornalística, dando espaço de manobra à proliferação das “fake news”.

O Teatro Nacional D. Maria II tem um programa de ligação com a comunidade escolar, nomeadamente através de visitas de estudo e promovendo o envolvimento dos docentes. Pode falar um pouco desta iniciativa?
O trabalho que o Teatro Nacional D. Maria II faz com os professores é profundo e existe há muito tempo. Aliás, anualmente, fazemos mesmo uma apresentação da temporada artística apenas para docentes. E são centenas. A relação com a comunidade escolar de todo o país, muito por via desta ligação aos professores, é muito estreita e traduz-se, não apenas em visitas de estudo, na participação em ações de formação, mas também na assistência a espetáculos. Temos três projetos que gostaria de destacar. O primeiro é o «Panos», que promove o Teatro em contexto escolar, com base em textos inéditos de autores portugueses, escritos para serem representados por jovens. Temos ainda o projeto «Presente», que resulta de uma parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, e que visa formar grupos de Teatro escolar no contexto de combate ao insucesso escolar, em estabelecimentos de ensino identificados para uma intervenção a este problema. Acreditamos que o Teatro pode desempenhar um papel preponderante na relação de um jovem com a sua escola e na melhoria da própria autoestima. Lembro-me bem, no meu tempo de aluno na Escola Secundária da Amadora, em que o dia de maior felicidade era o sábado de manhã, quando participava no grupo de Teatro. De segunda a sexta-feira, nas aulas, era um aluno relativamente medíocre e o Teatro permitiu-me gerir a frustração que acumulava em várias disciplinas.

Ainda não me disse qual é o terceiro projeto para a comunidade escolar…
Finalmente, temos para o pré-escolar, o projeto «Boca aberta» e que todos os anos leva Teatro a jardins de infância da rede pública de Lisboa. Começámos, em 2015, com oito jardins de infância e, neste momento, trabalhamos com 71 jardins de infância da rede pública da capital, o que inclui muitos milhares de crianças, entre os 3 e os 6 anos.

Estas iniciativas têm estado suspensas nos últimos meses. Também aqui há uma fatura que os mais pequenos vão pagar?
Para as crianças do pré-escolar e do secundário este ano letivo e meio está perdido, no que à relação com o Teatro e as escolas diz respeito. Também aqui a pandemia foi uma marcha-atrás e teremos de investir e apoiar muito mais, reforçando a equipa do Teatro Nacional D. Maria II que trabalha com a infância e juventude. Acredito que, quando for possível, vamos estar mais próximos do que nunca.

Uma última pergunta. Foi professor em diversas escolas de Teatro e Dança, em cidades como Lisboa, Évora, Bruxelas e Estocolmo. O que é que o inspira no ato de transmitir conhecimentos?
Não me considero como um professor no sentido de me reconhecer uma capacidade pedagógica. No ensino artístico, como noutras áreas, claro que a dimensão científica e pedagógica é fundamental, mas há também outra dimensão, de transmissão de mestria e experiência que é fundamental. O que permite que, sempre de uma forma equilibrada e tentando manter o rigor académico e uma dimensão científica no tratamento do conhecimento, alguém como eu – que não terminou a sua licenciatura em Teatro e que tem o 12.º ano de escolaridade – pela experiência acumulada se possa considerar um especialista em Teatro com capacidades particulares que podem ser transmitidas numa dimensão que eu qualificaria como quase artesanal.

O que quer dizer com «artesanal»?
Aprendi a fazer cadeiras de uma maneira e de outra, no entanto, não tenho o curso de engenharia para explicar que regras da Física é que estou a implicar nesta minha construção de cadeiras. Mas, pelos vistos, estas minhas cadeiras funcionam. E é um pouco isto que eu faço nos meus processos de ensino. Sempre com muito respeito pelos verdadeiros professores e professoras e pelo conhecimento e rigor académico, com o devido escrutínio que implica. O que faço nas salas de aula é uma espécie de simulacro – com mais margem de erro – de um processo criativo. Sempre tendo como ponto de partida duas premissas: em Arte não existem verdades absolutas e o adversário pode ser o nosso maior amigo.

Que marca gostaria de deixar?
Gostaria que outros herdassem as minhas qualidades, mas que tivessem a coragem e o à vontade para corrigir os meus defeitos.

 

Cara da Notícia

O Teatro corre-lhe nas veias

Tiago Rodrigues, 44 anos, nasceu a 16 de fevereiro de 1977, em Lisboa. É ator, dramaturgo, produtor teatral e encenador. Antes de enveredar por esta carreira, teve uma fugaz passagem pelo Jornalismo. Entre 2003 e 2014 esteve na companha Mundo Perfeito, onde criou mais de 30 peças, onde se incluem “By Heart” e “Se uma janela de abrisse”. Atualmente, é o diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, cargo que desempenha desde dezembro de 2014. É presença regular nos principais palcos europeus. “Sopro”, uma das criações mais aclamadas (pela crítica e pelo público) do teatro português dos últimos anos, estreou-se no Festival de Avignon, em França. A maior distinção da sua carreira aconteceu em 2019 quando venceu o prestigiado «Prémio Pessoa», um dos mais relevantes do país para as áreas cultural e científica. Anteriormente, fora galardoado com o prémio «Novas Realidades Europeias».

Nuno Dias da Silva
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