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Cultura Psicografia junta Miguel Carvalhinho, Pedro Ladeira e Horácio Carvalhinho em espetáculo inovador

29-06-2025

Os músicos Miguel Carvalhinho e Pedro Ladeira (docentes da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco (ESART) e o artista plástico, Horácio Carvalhinho, apresentam, no dia 4 de julho, no Espaço NAADA 3.0, em Lisboa (Prior Velho), pelas 21h00, o espetáculo Psicografia.

Psicografia é, como explica Horácio Carvalhinho, na sua página oficial "uma viagem sensorial onde música, palavra e pintura se entrelaçam. A Viola Beiroa, a Guitarra Clássica de 10 cordas e o clarinete mágico de Pedro Ladeira conduzem-nos por memórias, encontros e emoções familiares".

Enquanto os sons desenham sentidos, Horácio Carvalhinho traça, em tempo real, pinturas que se revelam como extensão visual da música uma pintura viva em sintonia com o invisível.

O espetáculo/concerto servirá também de apresentação do último trabalho de originais de Miguel Carvalhinho, "Convite".

De referir que o espetáculo tem a particularidade de reunir pai e filho num momento ímpar, em que as artes visual e musical se fundem entre si, com muitas cumplicidades, que começam no próprio disco.

Os bilhetes já se encontram à venda e podem ser adquiridos AQUI.

 

 

Convite

 

Neste trabalho, que assinala os 35 anos de carreira, o músico português empresta, pela primeira vez, a sua voz aos temas que escreveu e musicou, a que junta o som da viola beiroa. "É um registo diferente, pois é a primeira vez que canto e declamo os poemas que escrevi", explica.

Ao seu lado surgem Custódio Castelo (guitarra portuguesa e produção) e Pedro Ladeira (clarinete) - ambos docentes da Esart e que, como refere são os seus "irmãos de música”.

O filho, Horácio Carvalhinho, é outra peça importante neste trabalho. Ilustrou o livro que acolhe o CD, numa “homenagem ao ‘primo-irmão’ António”, como explica Miguel Carvalhinho, enquanto nos mostra o trabalho.

Gravado no estúdio de Pedro Ladeira, “Convite” foi editado pela Junta de Freguesia de Castelo Branco. 

O trabalho reúne “afinidades com pessoas que são amigas e que partilham este percurso, mas também com a família”, adianta o músico e compositor. O CD começou a ser “preparado em 2024 e surge na sequência de um processo de investigação sobre a viola beiroa. É um ‘mix’ que faz com que reúna um conjunto diverso de afinidades”.

Com dois doutoramentos na área da música, o último dos quais dedicado à viola beiroa, Miguel Carvalhinho adianta que o “CD tem muito que ver com a nossa cultura mediterrânica”. Os 35 anos de carreira estão espelhados num trabalho muito cuidado. “A maturidade e a experiência levam-nos a ter em atenção outros detalhes”, sublinha.

A viola beiroa volta a ser rainha neste trabalho. Miguel Carvalhinho tem sido um dos impulsionadores pelo reaparecimento deste instrumento. Na sua última tese de doutoramento, defendida na Universidade Autónoma de Madrid, lança o desafio do seu ensino nas escolas oficiais portuguesas. “Os argumentos fundados na minha vasta experiência pessoal e profissional coincidiram com as conclusões dos questionários realizados para esta tese. A maioria dos intervenientes considera muito importante que a música tradicional e os instrumentos tradicionais, nomeadamente a Viola Beiroa, façam parte do universo das escolas oficiais de música”, disse.

O autor recorda o percurso que tem sido feito em prol da Viola Beiroa em Castelo Branco. Naquele estudo, Miguel Carvalhinho recorda que “em 2012 iniciámos um projeto de revitalização da Viola Beiroa promovido pela Fundação Inatel desenvolvendo várias ações abrangendo a catalogação de instrumentos existentes, a identificação e criação de repertório, cursos de formação de tocadores, cursos de construção de instrumentos, gravação de CDs, divulgação em atuações públicas, divulgação nos meios de comunicação social e na internet”.

Através deste estudo Miguel Carvalhinho procurou “avaliar a pertinência e o interesse em integrar este instrumento na oferta formativa das escolas do ensino oficial de música em Portugal. Nela propõem-se uma série de estudos e peças, explorando a capacidade que este instrumento tem para fazer melodia acompanhada, que poderão integrar um programa do ensino oficial”.

 

 

Página oficial de Horácio Carvalhinho
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