O poeta e escritor português Manuel Barata apresenta, no próximo sábado, o seu novo livro “Castelo Branco e Mata – Diário de Memórias”. A sessão decorre na aldeia da Mata, terra natal o autor, pelas 16H30, e a apresentação estará a cargo da professora de ensino superior jubilada, Maria de Lurdes Gouveia da Costa Barata (Milola).
Com edição da editora albicastrense RVJ Editores, a história do livro começa com uma “estória” do autor quando afirma que se cruzou, com Vinicius de Moraes. “Escrevi o primeiro texto no meu diário, onde refiro um dia de 1971 ou 1972. Parecia-me verosímil, mas há um pequeno senão. O grande poeta brasileiro – o poetinha, no dizer amigo de António Carlos Jobim – esteve em Portugal em dezembro de 1968 e foi capa da Vida Mundial. Era sábado e o dia estava brusco. Eu acabara de adquirir a referida revista, decerto, à mulher do Ti Albino dos jornais e fui à Rosel tomar um café, deparando-me, à entrada, com o grande sonetista da língua portuguesa e autor de belos poemas como Pátria minha e rosa de Hiroxima. Com vontade de ter a certeza absoluta desse meu fortuito encontro, já indaguei várias pessoas e consultei esta manhã, na Biblioteca Nacional de Portugal, os jornais Reconquista, Beira Baixa e Jornal do Fundão, mas não encontrei qualquer referência à estada de Vinicius, na região. Aventei a possibilidade de ter estado a convite pessoal do etnólogo Jaime Lopes Dias, que tinha relações em terras de Vera Cruz”, começa por explicar Manuel Barata.
E assim começa esta aventura com três décadas. “Este livro, que pode ser lido do fim para o princípio e do princípio para o fim, foi escrito ao longo de mais de trinta anos. É parte de um todo com cerca de seiscentas páginas, nas quais fui deixando impressões e algumas reflexões acerca da vida e do mundo”. Ao Reconquista, o autor acrescenta: “Resolvi – e creio que em boa hora – destacar tudo o que escrevi sobre Castelo Branco e a Mata, que considero as minhas terras-natais. Embora sendo um livro de pendor intimista, com as características do diário e das memórias, creio que é, fundamentalmente, uma declaração de amor à cidade e à aldeia onde cresci e bebi o essencial do que tenho sido ao longo da vida”. Neste trabalho, o autor teve o apoio da autarquia albicastrense e da União de Freguesias de Escalos de Baixo e Mata.