Maria Amélia Alves, professora jubilada do ensino básico, apresenta este sábado, pelas 17H00, na escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico da Lardosa, o seu livro “"Lardosa a minha aldeia - histórias e memórias".
A cerimónia será presidida pelo Diretor-Geral do Livro, Luís Santos, e a apresentação estará a cargo do Carlos Semedo, ex-vereador da cultura e programador cultural.
A obra, editada pela RVJ Editores, constitui um contributo importante para a histórias, os usos e tradições da Lardosa. Os textos que a autora começou por escrever para a neta dão corpo a um livro que não deixa ninguém indiferente.
Como bem refere José Augusto Alves, na nota de abertura, “são os sentimentos, são as memórias, são as conversas à lareira, aos serões, enfim, todas as lembranças, que são projetadas neste livro, nesta relíquia, que são replicadas em todas as aldeias do interior do nosso país".
Carlos Semedo, autor do prefácio considera que “este é indiscutivelmente um livro centrado na Lardosa como lugar mãe. A partir desta geografia afetiva, Maria Amélia vai elaborando um precioso rendilhar, um entretecer que toca temas tão importantes como a água, a energia, iluminação, as comunicações, alimentação, vestuário, as profissões dominantes, entre muitos outros. A sua espantosa memória leva-a até áreas estruturantes da vida da época como a dimensão e práticas religiosas, os jogos, o lazer e, numa referência com especial significado autobiográfico, à escola".
Ao Ensino Magazine, a autora explica que dividiu o “livro em dois capítulos distintos, o primeiro capítulo dedicado sobretudo à história da aldeia, património material e imaterial. O segundo capítulo, apresentado mês a mês, incidirá sobre as minhas memórias de infância e outras contadas pelos meus pais e avós, ao nível das festas, dos trabalhos agrícolas, feiras, culto religioso, tradições, usos e costumes”.
Maria Amélia Alves dedica o livro à sua neta e aos naturais da Lardosa. Com ele procura homenagear os pais, sua pedra basilar. “Este livro, não é um livro de investigação, não é um romance, não é uma crónica, não apresenta factos históricos, pretendo que seja uma narrativa, onde possa deixar perpetuadas as minhas recordações de infância, vividas na minha aldeia, Lardosa, onde nasci, cresci, fiz a escola primária e onde continuo a vir com regularidade”, conclui.