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Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVII

No Fundão Sagrado Criptojudeu apresentado dia 23

12-09-2022

Sagrado Criptojudeu – Orações  é o novo livro da professora e investigadora Antonieta Garcia.

A obra, editada pela RVJ Editores, vai ser apresentada dia 23, às 21H00, na Biblioteca Municipal “Eugénio Andrade, no Fundão, numa sessão onde serão lidas orações, por Adelino Pereira; e onde será projetado um vídeo sobre o tema.

“Num tempo que tendencialmente subestima a palavra, poderá parecer estranho propormos a análise de textos de orações não institucionais que se perpetuaram, em comunidades beirãs, durante séculos. Mas, como manter a indiferença quando, em Belmonte, na década de oitenta do século XX, ainda ouvimos rezar, a mulheres judias, entre outros, textos próximos dos que encontrámos registados em processos inquisitoriais?”, questiona a autora na sua nota introdutória.

Antonieta Garcia explica, nesta obra, que em preces transcritas no livro “sobressai a ligação a textos da tradição oral, a narrativas bíblicas que veiculam doutrinas, preceitos e princípios éticos. Através dos tempos, os relatos entrecruzaram-se. Património revelador da unidade psicológica da espécie humana, do caminho da humanização e da espiritualidade (para além de fronteiras, épocas, memórias), composições, algumas tornadas preces, ouvem-se em línguas e culturas diferentes. Na linguagem, remanesceu essa herança que testemunha um longo diálogo humano com o Transcendente e, igualmente, o desejo de transmitir o legado espiritual de pais (mães) para filhos, dos mestres para os discípulos.Um tronco cultural comum, uma vinculação genética – poética, ideológica e ritual – desvelam a intencionalidade do homo religiosus”.

No livro a autora adianta que “as orações desvelam o vínculo entre religiões”. Além disso, “as preces divulgaram e perpetuaram velhas tradições, e normas gerais de religiosidade. Tornar estável, durável, a palavra de Deus equivale a arquitetar / construir uma práxis concebida como modelo. O homo religiosus anseia viver em plena comunhão com o divino, regular o caos, proteger-se de males. Palavras ditas, meditadas, individualmente, ou em Assembleia, testemunham uma fé, são atos de adoração”.

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