O livro “Batoréis da nossa terra”, da autoria de Manuel Geada Sousa (edições Caderno do Século) apresenta, de forma documentada e suporte fotográfico os batoréis da vila de Alcains. O autor fala-nos da importância que os batoréis tiveram no quotidiano do povo, e dá como exemplo os simples factos de “contar ou falar das coisas boas e más da vida, da saúde, das dificuldades, e de outros acontecimentos, ou simplesmente «dar ao serrote», entrando na «má-língua», falando da vida dos outros sentados comodamente à porta no batorel. As vizinhas no descanso das labutas domésticas e da horta, os homens vindos ao final da tarde, provavelmente já depois de terem passado pela taberna onde também não faltava um batorel e teriam cavaqueado e discutiam assuntos ‘sérios’, depois do trabalho. Eram hábitos que ainda hoje perduram em algumas ruas do Outeiro, mas que em tempos idos terão sido generalizados em todas as ruas da nossa terra, mesmo em ruas sem batorel algum, as vizinhas não dispensavam estes momentos de convívio e transmissão de notícias”.