A segunda edição do Prémio Internacional de Poesia António Salvado - Cidade de Castelo Branco teve a participação de mais de 1200 poetas. Fernando Fitas, poeta e jornalista português, foi o vencedor na categoria de língua portuguesa, com o livro “Elegia dos Pássaros”, enquanto que o venezuelano Ernesto Román Orozco, venceu a categoria de língua castelhana, com a obra "Ángel Áspero”.
O prémio teve participantes da América Latina, da Europa, e de África, num total de 30 nacionalidades, sendo que os poetas brasileiros foram os que concorreram em maior número. O anúncio foi feito, em conferência de imprensa, no passado dia 20 de fevereiro, dia em que o poeta português António Salvado, completou 85 anos de vida.
O prémio, promovido pela Freguesia de Castelo Branco, em parceria com a Câmara albicastrense, atribuiu, pela primeira vez e dada a qualidade dos trabalhos, duas menções honrosas, as quais foram entregues a Renato Filipe e Silva Cardoso, pelo livro "Passageiro do Real”, e à argentina Maria Alejandra Chemes, pelo trabalho "Armadura y Escotes”.
Alfredo Pérez Alencart, presidente do júri, e docente na Universidade de Salamanca, destacou a qualidade dos trabalhos e sublinhou o facto de até ao dia do anúncio dos vencedores os membros do júri não saberem quem eram os autores, pois as candidaturas obrigavam a um pseudónimo. “Cada vez mais se constata que poetas e autores com renome e prestígio” se submetem ao critério do júri para que as suas obras sejam avaliadas”.
Adelaide Salvado, esposa do poeta António Salvado (não pôde estar presente por motivos de saúde) mostrou-se muito satisfeita porque “a cidade de Castelo Branco, através da poesia, se tornou, realmente, um polo importante que conseguiu congregar imensos poetas de várias latitudes”. Facto que no seu entender “deve ser um motivo de orgulho para Castelo Branco e, por outro lado também, para nos fazer um bocadinho pensar que, neste tempo angustiante em que nós estamos a viver, de pandemia e de incerteza, a força da poesia consegue, realmente, mobilizar as pessoas para através dela exprimirem muito daquilo que lhes vai na alma".
Leopoldo Rodrigues, presidente da Freguesia, destacou a “universalidade que o poeta António Salvado representa” e por conseguinte a “universalidade da nossa cultura e poesia”.
Para o presidente da Câmara de Castelo Branco, José Augusto Alves, é importante que este prémio tenha continuidade nos próximos anos, como “mais um dos prémios que põem Castelo Branco na desenvoltura, no progresso, na visão, na estratégia da nossa cidade, da nossa região e colocá-la no centro da poesia também em Portugal”, disse, depois de felicitar os vencedores e os participantes.
De referir que júri do prémio incluiu escritores, investigadores e professores de literatura, de Portugal e de Espanha, a saber: António Cândido Franco, António dos Santos Pereira, Enrique Cabero, Fernando Paulouro, José Dias Pires, Manuel Nunes, Maria de Lurdes Gouveia da Costa Barata, Paulo Samuel, Pompeu Martins, Rita Taborda Duarte e Vítor Oliveira Mateus.
A primeira edição do prémio foi ganha por Maria João Pessoa e pelo mexicano Gerardo Rodriguez.