O V Festival Internacional de Clarinete de Castelo Branco, que decorre na cidade albicastrense, entre 24 e 26 de outubro - e que tem o apoio do Ensino Magazine - , é no entender do seu diretor artístico “o melhor e mais importante da Península Ibérica e um dos melhores do mundo”.
Clarinete principal associado na Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música e professor principal de Clarinete na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, Carlos Alves confirma a presença de alguns dos melhores clarinetistas do mundo, casos de Florent Héau, Roman Widaszec, Carlos Alves, Carlos Ferreira, Sarah Williamson e Nuno Silva. Solistas que também farão master classes, as quais trazem à cidade albicastrense, músicos, professores e estudantes de todo o mundo para nelas participarem, cujas inscrições esgotaram em 48 horas.
Aquele responsável diz que “o Festival está com um impacto enorme em Portugal e no estrangeiro. Hoje Castelo Branco é uma grande marca internacional no que respeita ao clarinete. Neste momento temos o espaço hoteleiro esgotado, com mais de 300 participantes vindos de todo o mundo. E isso é ótimo, pois o Festival cria uma dinâmica muito impactante na cidade. No futuro vamos precisar de mais camas e é importante que a cidade aumente a sua capacidade hoteleira, não só para o Festival mas para dar resposta à dinâmica da região”.
À semelhança das edições anteriores, o centro cívico da cidade albicastrense volta a ser o coração do Festival, através do Cine Teatro Avenida e do Centro de Cultura Contemporânea. “Um dos segredos destes eventos é a centralidade”, justifica. O programa inclui master classes ministradas por aqueles solistas e concertos abertos ao público e a um preço simbólico.
“Teremos no Concerto de Abertura a obra que o compositor Telmo Marques escreveu para Castelo Branco após dois anos de recolha de melodias populares. Serei eu o solista com a Sinfonietta de Castelo Branco, dirigida pelo maestro Bruno Cândido. Ainda no concerto de abertura atuará, comigo, Roman Widaszec – um dos melhores do leste europeu, e Florent Héau, um dos mais prestigiados professores de clarinete do mundo. Aproveitando a sua presença irei fazer-lhe uma entrevista gravada que ficará depois para o arquivo do Festival e que será editado pela universidade politécnica de Castelo Branco (IPCB)”.
Para o dia 25 de outubro, às 21H30, no Cine Teatro Avenida está agendado o Concerto de Gala, com a Orquestra Sinfónica do Centro, dirigida pelo maestro Sérgio Alapont, e com os solistas Carlos Ferreira - “apesar de jovem é o clarinetista português com maior projeção”, Sara Williamson – “a clarinetista da moda em Inglaterra” - e Nuno Silva -“que também irá apresentar também o seu livro no sábado à tarde”.
“O evento terá master classes, exposições, grandes entrevistas académicas, apresentações de livros, concertos de abertura, de gala e de encerramento de capazes de tirar o fôlego”, adianta Carlos Alves.
O último dia é dedicado ao Ensemble de Clarinetes, um concerto aberto a todos os alunos e professores (às 15H00, no foyer do Cine Teatro Avenida) - que contará com mais de 150 clarinetistas - e ao Concerto de Encerramento, às 17H30, com ensemble de clarinetes da Esart e seus convidados, sendo solistas Florent Héau, Carlos Ferreira e Roman Widaszek, tendo como maestro Pedro Ladeira. Um concerto que decorrerá no auditório do Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco.
Carlos Alves considera que “o Festival é conhecido em todo o mundo e no futuro vai continuar a crescer. No próximo ano poderemos dizer que os principais clarinetistas do mundo passaram por cá”.
O diretor do Festival salienta o apoio da Câmara albicastrense – “sem esse apoio seria impossível a sua realização” -, do Politécnico de Castelo Branco, “que este ano está mais perto do evento e irá gravar todos os concertos e irá editar o último concerto em que participam os nossos alunos”.