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Atualidade Cientistas descobrem uma das maiores estruturas giratórias do Universo

05-12-2025

Cientistas identificaram uma das maiores estruturas rotativas alguma vez detetadas no Universo, uma cadeia de galáxias inserida num filamento cósmico giratório a 140 milhões de anos-luz de distância da Terra.

A descoberta, hoje descrita na publicação científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, pode dar "novas e valiosas informações sobre como as galáxias se formaram no Universo primitivo", salienta em comunicado a universidade britânica de Oxford, que liderou a investigação.

"Este filamento é um registo fóssil dos fluxos cósmicos. Ajuda-nos a compreender como as galáxias adquirem a sua rotação e crescem ao longo do tempo", afirmou, citada no comunicado, uma das autoras do trabalho, Madalina Tudorache.

Os filamentos cósmicos são as maiores estruturas conhecidas do Universo: vastas formações filiformes de galáxias e matéria escura que constituem uma estrutura cósmica.

"Filamentos próximos, contendo muitas galáxias a girarem na mesma direção, e onde toda a estrutura parece estar a girar, são sistemas ideais para explorar a forma como as galáxias adquiriram a rotação e o gás que possuem hoje", adianta a Universidade de Oxford.

Os investigadores detetaram 14 galáxias próximas ricas em hidrogénio e dispostas numa linha fina e alongada.

A estrutura está localizada dentro de um filamento cósmico muito maior que contém mais de 280 galáxias.

Muitas destas galáxias parecem estar a girar na mesma direção que o filamento, o que sugere que "as estruturas cósmicas podem influenciar a rotação das galáxias com mais intensidade ou durante um período mais longo do que se pensava anteriormente".

Segundo os autores do estudo, "as galáxias de ambos os lados da espinha dorsal do filamento estão a mover-se em direções opostas", indiciando que toda a estrutura está a girar.

O filamento cósmico giratório "parece ser uma estrutura jovem e relativamente estável" e o seu elevado número de galáxias ricas em hidrogénio, gás essencial para a formação de estrelas, "pode fornecer informações sobre os estágios iniciais ou em curso da evolução" das galáxias.

Lusa
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