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Anúncio feito na Universidade de Évora Em 2030 seis em cada 10 jovens devem estar no ensino superior

02-11-2022

A Ministra da Ciência e do Ensino Superior pretende que no final desta década 6 em cada 10 jovens de 20 anos estejam no ensino superior. Elvira Fortunato apontava esta meta na sua intervenção no Dia da Universidade de Évora, no passado 1 de novembro, reafirmando o discurso que um dia antes fez na audição parlamentar sobre o Orçamento de Estado, a que o Ensino Magazine teve acesso, e 

“A nossa visão é a de manter a trajetória muito positiva que fez com que Portugal tenha sido nas últimas duas décadas um dos países da OCDE onde o aumento de qualificações superiores entre os 25-34 anos tenha sido mais expressivo, ao passar de 17% para 47% de diplomados de ensino superior nessa faixa etária entre 2000 e 2021. Esse percurso, conduziu a que tenhamos tido em 2021/22 o número mais elevado de estudantes de sempre, com mais de 433 mil inscritos, e é para manter de modo a que no final desta década tenhamos 6 em cada 10 jovens de 20 anos No ensino superior, quando neste momento temos 51,5% (2021), e 50% da população entre os 30 e os 34 anos com ensino superior, quando neste momento temos 44,5% (2021)”, explicou.

Na sua perspetiva deve aprofundar-se “a oferta do Ensino Superior a uma base de recrutamento potencial mais diversa, quer em termos de composição social, quer em termos de qualificação e requalificação da população ativa, bem como na sua formação ao longo da vida”.

Na sua intervenção, a ministra procurou apresentar uma “visão estratégica, sobre onde pretendemos estar daqui a um ano, no final desta legislatura e no final desta década”. Elvira Fortunato fala da necessidade de “ter um sistema científico menos burocratizado, com regras de execução financeira e de contratação pública simplificadas e adequadas ao contexto internacional e competitivo dos projetos desenvolvidos pelas instituições. Um sistema baseado na confiança, onde se dá autonomia e se pede responsabilidade, um sistema onde docentes e investigadores possam dedicar o seu tempo a investigar e não a realizar funções administrativas e financeiras, e onde a gestão é feita por um corpo profissionalizado, experimentado e estabilizado”.

Elvira Fortunato abordou também a questão investimento no ensino superior. “A nossa visão é de aumentar o investimento no Ensino Superior e na Ciência para valores médios compatíveis com a nossa posição internacional e que permitam que Portugal se mantenha em convergência com os países com os quais se deve comparar em termos de qualificação e investigação, razão pela qual o orçamento proposto para 2023 tem um aumento de 4,7% relativamente ao orçamento de 2022”.

No entender da ministra, para que o país não pare, “o investimento em ciência é essencial”.

Num outro eixo, Elvira Fortunato abordou a questão da estbailidade para os estudantes de ensino superior e as suas famílias, anunciando, com efeitos este ano, “um aumento das bolsas dos estudantes de ensino superior de 10% para todos os estudantes bolseiros, acrescido de mais 5% de majoração nos complementos quando esses bolseiros sejam deslocados, e um aumento de 50% nas bolsas dos estudantes carenciados para realizar períodos de mobilidade Erasmus. Esta medida, que vigorará extraordinariamente neste ano letivo, permitirá que todos os estudantes bolseiros tenham a sua bolsa aumentada acima de todas as previsões de inflação existentes, garantindo-se assim que, no mínimo, se mantém o valor real do apoio social que é concedido”.

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