A Associação Portuguesa de Historiadores da Arte (APHA) atribuiu ao docente da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESART), Ricardo Silva, o prémio da melhor tese de doutoramento de 2019. Os prémios APHA/Millennium José-Augusto França procuram realçar os melhores trabalhos cadémicos e o professor da ESART foi agraciado pelo trabalho desenvolvido.
Na sua investigação, Ricardo Silva abordou o tema “O paradigma da Arquitectura em Portugal na Idade Moderna. Entre o Tardo-Gótico e o Renascimento: João de Castilho, o Mestre que amanhece e anoitece na obra”, tendo defnidido a tese em 2018, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FL-UL).
Em nota enviada pelo Politécnico albicastrense, é explicado que no seu trabalho, Ricardo Silva centrou-se “num dos pilares da arquitetura tardo-gótica e do Renascimento no território português”. Nesta sua investigação o docente efetuou “uma releitura da obra e universo artístico de João de Castilho, fazendo-o à luz de documentação original e dos novos valores historiográficos. Nesse sentido, analisa os vários edifícios onde o mestre ibérico marcou presença, nomeadamente Mosteiro dos Jerónimos e Convento de Cristo, procurando reconhecer a sua identidade, soluções estruturais, tecnologia construtiva, modelos e formas arquitetónicas”, explica a mesma nota do IPCB.
Doutorado em História da Arte, Ricardo Silva tem a sua formação inicial (licenciatura) em História – História da Arte, tendo concluído o mestrado em Arte, Património e Restauro com a dissertação “Abóbadas Tardo-Medievais em Portugal: tipologias e concepção”, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Do seu percurso académico, Ricardo Silva foi também investigador do ARTIS - Instituto de História de Arte, tendo participado em projetos de investigação como são o caso “Frescos da Beira Interior”, desenvolvido pela ESART. É docente daquela escola superior desde 2003, sendo neste momento professor adjunto.
A arquitetura do período tardo-medieval e do primeiro renascimento em Portugal são temas que têm merecido atenção por parte de Ricardo Silva, o qual é autor de diversos artigos científicos sobre “tardo-gótico peninsular”.
De referir que esta foi a primeira vez o prémio foi atribuído, tendo a Associação Portuguesa de Historiadores da Arte distinguido trabalhos científicos de excelência no domínio da História da Arte realizados em Portugal nos segundo e terceiro ciclos de estudo do ensino superior.