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Projeto estuda aplicação de tecnologiaa Da Covilhã para o Qatar

24-05-2021

A Universidade da Beira Interior (UBI) está envolvida num projeto de investigação que pretende aplicar uma tecnologia desenvolvida na Faculdade de Engenharia, na indústria da construção do Qatar, com o objetivo geral encorajar mudanças na indústria da construção para adoção de soluções inovadoras de captura e utilização de carbono para produzir materiais sustentáveis, obtidos com resíduos e CO2.
João Castro Gomes, docente e investigador do Departamento de Arquitetura e Engenharia Civil (DECA) é o líder científico do “eCO2CRETE Environment-friendly concrete for the capture of CO2 in the built environment”, no qual participam vários estudantes de Doutoramento em Engenharia Civil da UBI.
No âmbito do projeto, a tecnologia DARKCO2 desenvolvida na UBI será aplicada à escala industrial no Qatar, em colaboração com a indústria local, para produzir betão “eCO2CRETE” obtido com resíduos carbonatados, com a capacidade de capturar mais CO2 do ambiente circundante, durante a sua vida útil.
Financiado pelo Qatar National Research Fund num valor total de 700.000 dólares, com um financiamento para a UBI e para o Centro de Materiais e Tecnologias Construtivas (C-MADE) no valor de 194.000 dólares, o projeto é ainda cofinanciado e apoiado pelo Ministry of Municipality and Environment of Qatar, pela Qatar Shell Research & Technology Centre, pela Readymix Qatar, pela SMEET Precast, pela Qatar Paving Stones, e ainda pela VALMAB - Portugal).
O Qatar tem a terceira maior reserva de gás natural e é o maior emissor de CO2 per capita do mundo. A implementação desta tecnologia no âmbito da infraestrutura, em rápido desenvolvimento no Qatar, irá compensar significativamente as elevadas emissões de carbono resultantes da produção de gás, através da sua captura e utilização em produtos de construção.
“Se este projeto for bem-sucedido, terá um benefício significativo no Qatar, permitindo a valorização e a redução das emissões de CO2, ao mesmo tempo que produz produtos de construção de valor acrescentado, reutilizando resíduos e subprodutos e, com isso, contribuindo para a economia circular em vários setores industriais, bem como a proteção do ambiente”, explica João Castro Gomes.
Os subprodutos, disponíveis localmente no Qatar, incluem escória de alto forno, resíduos sólidos urbanos incinerados, carbono residual (gás e lamas de instalações de conversão de gás natural em combustíveis líquidos) CO2 comercial, agregado reciclado, águas residuais de estações de tratamento de esgotos e água do mar.

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