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Docente do IPCB é co-autor de norma internacional Os robôs e os humanos

22-11-2021

O professor coordenador da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco, Paulo Gonçalves, é um dos coautores de uma norma internacional sobre robótica autónoma e que recentemente foi aprovada internacionalmente, no seio do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE).

A aprovação desta norma é um passo importante para o desenvolvimento do setor em termos internacionais e destina-se sobretudo a projetistas e fabricantes de robôs, investigadores de robótica, especialistas na indústria da robótica e automação, utilizadores de robôs e decisores políticos.

O também investigador Sénior no Instituto de Engenharia Mecânica, Instituto Superior Técnico explica ao Reconquista “que esta norma assume particular importância pois pretende que o hardware e software dos robôs e da sua envolvente possam interagir. Mas também que possam interagir com pessoas”.

O docente albicastrense fez parte do grupo de trabalho "Standard for Autonomous Robotics Ontology" do qual é Vice-Chair. “A norma agora aprovada vem no seguimento de uma outra que fizemos, em 2015, em que se fazia a representação de todo o conhecimento do robô, isto é todos os componentes que se podiam incluir no robô”.

O objetivo “é que o robô execute certas tarefas de forma autónoma”, começa por explicar.” Com a norma queremos definir como é que ele interage com tudo o que está à sua volta”.

Neste contexto, Paulo Gonçalves sublinha que “os comportamentos dos robôs são muito importantes. Podemos programá-los com atitudes pré-existentes. Por exemplo, quando queremos que eles façam um determinado tipo de soldadura, ou que tenham um comportamento quando estão a percorrer um corredor. Ou seja, nós desenvolvemos todos os conceitos básicos para que se possam escrever numa antologia todos estes programas baseados nestes princípios. É isso que permitirá uma interoperacionalidade entre todos os outros sistemas”

O investigador lembra “que quando o robô executa uma tarefa não está sozinho, trabalha com outros robôs e com humanos. Por exemplo, temos um robô que opera num determinado ambiente, em conjunto com outro. Os dois precisam de ter conhecimento de tudo o que está à sua volta. Na norma nós dizemos como isso pode ser feito, mas descrevemos também o comportamento do robô. Se temos um robô que está tirar a loiça da mesa e leva um prato de um sítio para o outro, esse conhecimento de interação entre os objetos fica guardado no sistema interno. Essa informação é partilhada com outro robô e com tudo o que está à sua volta. Da próxima vez que um humano lhe perguntar onde é que está esse objeto, ele sabe e vai buscá-lo”.

Todas estas situações devem estar “estandardizadas na programação de robôs, de forma a que permita a relação com humanos”, esclarece.

O resumo da norma pode ser encontrado numa recente publicação na IEEE Robotics and Automation Magazine, publicação de elevado impacto na área de Automação e Robótica.

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