O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) lança, nos dias 18, 19 e 20 de maio, uma nova edição do Ateliê Digital, disse ao Ensino Magazine a instituição que agrega os politécnicos portugueses.

Em nota enviada à nossa redação, o CCISP revela que o objetivo da formação passa por "potenciar a formação em competências digitais e dotar os participantes das ferramentas necessárias para se reposicionarem no mercado de trabalho ou colaborarem na transformação digital dos seus negócios".

De acordo com o Conselho Coordenador dos Politécnicos, "este ano o programa tem a particularidade de ser dirigido somente a mulheres e de incluir uma sessão extra, a 21 de maio, dedicada à iniciativa #IamRemarkable da Google. Trata-se de um espaço que pretende empoderar mulheres e capacitar grupos sub-representados a falar abertamente sobre as suas realizações no local de trabalho, quebrando normas de modéstia e preconceitos".

Em formato de webinar, o Ateliê Digital dirige-se a todas as mulheres interessadas, com ou sem formação académica, empregadas ou desempregadas, que pretendam aprofundar os conhecimentos em marketing digital, marketing em redes sociais e mobile, análise da web, internacionalização e empreendedorismo.

A formação tem a duração de três horas diárias, entre as 10.00 e as 13.00, durante três dias consecutivos.

Desde o lançamento do Ateliê Digital, em 2016, mais de 100.000 portugueses foram formados em competências digitais - cursos online e presenciais –, resultado desta parceria entre o CCISP e a Google.

Na mesma nota, o CCISP refere que "a aposta na qualificação inicial e na capacitação da população ativa, nomeadamente através de parcerias, é uma missão dos Politécnicos portugueses".

Diz o Conselho Coordenador que "o estudo mais recente publicado para a Comissão Europeia revela que, em vários países europeus, a formação de trabalhadores no ativo produz efeitos relevantes no aumento dos salários dos próprios, mas também, na produtividade das empresas onde trabalham. Esta necessidade sai reforçada quando se analisa o efeito da pandemia, em termos económicos e sociais, mas também, o impacto no desemprego, afetando os mais vulneráveis, em particular com menos qualificações".

No entender do CCISP, "a tecnologia terá um papel fundamental a desempenhar numa recuperação inclusiva e sustentável, e, nesta transição, alguns grupos serão mais impactados do que outros no futuro mercado de trabalho: os que não têm grau académico, minorias étnicas e mulheres. No atual contexto, as mulheres foram desproporcionalmente afetadas pela pandemia, representando 54% da perda total de empregos na Europa, embora representem 39% do emprego global. De acordo com um estudo da McKinsey, os empregos das mulheres são 1,8 vezes mais vulneráveis ​​a esta crise do que os dos homens".

A concluir, o Conselho Coordenador sublinha que "com estas iniciativas de reskilling e upskilling, essenciais para reforço das competências da população, e em especial da população ativa, os Politécnicos reforçam o seu propósito estratégico no âmbito da digitalização e da coesão territorial. Presentes em 40% dos concelhos do país, o seu objetivo é apoiar as populações locais na transição para funções e profissões mais digitais, mas também, atuar nas agendas de competitividade dos territórios, garantindo a qualificação necessária para a implantação de projetos empresariais geradores de valor, para a transformação digital, empregos mais qualificados e com uma orientação global, e para a modernização dos setores de atividade".

O Ateliê Digital é uma iniciativa gratuita, com número limite de participantes. As inscrições estão disponíveis AQUI