O ministro da Educação, João Costa, reforçou, no Parlamento, a forte aposta que está a ser feita na transição digital, a qual inclui a mudança para manuais escolares digitais.
“A transição digital na educação avança, depois da disponibilização de equipamentos informáticos a todos os alunos, com o reforço da capacidade e velocidade da internet das escolas, com a progressiva transição para manuais digitais, com a produção de recursos educativos digitais, com a desmaterialização de provas e exames, com a instalação de 1300 laboratórios digitais e o alargamento da rede de clubes ciência viva para fomentar o ensino experimental das ciências”, referiu.
Recorde-se que, tal como o Ensino Magazine anunciou, também os exames escolares em papel poderão dar lugar a provas digitais, numa meta que deverá ser alcançada até 2025, e que resulta do Plano de Recuperação e Resiliência.
Ainda no Parlamento, João Costa sublinhou o facto do Orçamento de Estado para a Educação voltar a crescer “em 2022: 8,7%, o que consubstancia um crescimento acumulado de 31,4% desde 2015. Fazemo-lo porque estamos a combater desigualdades, a preparar o futuro, a fazer o País avançar”, disse.
O governante adiantou também um dos principais desafios passa pela diminuição do fosso “entre os alunos oriundos de contextos socioeconómicos mais desfavorecidos e os mais privilegiados. Nesse sentido, iremos reforçar os apoios no âmbito da educação inclusiva e da ação social escolar”.
O ministro lembrou também que “o orçamento concretiza o Plano de Recuperação das Aprendizagens 21|23 Escola+, alocando mais recursos humanos às escolas, com a disponibilização do equivalente a 3000 horários docentes em apoios tutoriais, em reforço de crédito horário para diferentes medidas, e na contratação de cerca de 1100 técnicos especializados para a implementação dos Planos de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário”.