Este website utiliza cookies que facilitam a navegação, o registo e a recolha de dados estatísticos.
A informação armazenada nos cookies é utilizada exclusivamente pelo nosso website. Ao navegar com os cookies ativos consente a sua utilização.

Diretor Fundador: João Ruivo Diretor: João Carrega Ano: XXVII

Editorial Mudança & imobilismo

20-03-2023

Por toda a Europa se manifestam evoluções significativas quanto ao conteúdo a dar ao termo “qualidade em educação”. Todos os sistemas educativos tentam desenvolver procedimentos de qualidade, promover a qualidade de formação do seu corpo docente, fazer com que a educação e a formação sejam contínuas, isto é, ao longo da vida, bem com requalificar os gastos públicos com a educação, através de uma relação mais positiva entre custos e eficácia.
Os mais recentes documentos que têm sido divulgados pela Comissão das Comunidades Europeias, contribuem para recolocar no centro do debate educativo todas estas matérias, face à necessidade, pressentida pelos governos, de promover, definir, avaliar e manter a qualidade dos sistemas educativos.
A procura dessa qualidade tem sido vista, nos primeiros anos da educação básica, com a tentativa de imprimir um novo ênfase à aquisição e controlo de competências básicas, em particular referentes a três àreas fundamentais: a leitura, a escrita e o cálculo. Por outro lado, tenta-se, nesse nível, generalizar a aprendizagem de uma língua estrangeira e incentivar, permanentemente, o uso pedagógico das tecnologias da informação e da comunicação.
Neste espírito, dentro e fora do sistema educativo institucional, professores e formadores desenvolvem experiências muito inovadoras e que pode resultar em saltos qualitativos significativos na educação formal.
Também para os adultos se desenvolvem acções inovadoras como as realizadas, de forma generalizada, pelas Universidades Populares ou Seniores, ou mesmo a oferta de cursos de curta e longa duração, utilizando plataformas de ensino a distância. No essencial todas estas inovações propõem exercícios, ou práticas, que transformam os procedimentos e conteúdos da formação tradicional, buscando muito mais a adaptação e reformulação de comportamentos num mundo em mudança exponencial, mais do que a aquisição de conhecimentos abstractos e desligados do quotidiano em que têm que aprender a viver esses jovens e esses adultos.
Todas estas experiências põem em evidência que, no seio dos velhos sistemas educativos europeus, existe uma capacidade criativa real entre os professores e os educadores, os quais só esperam condições indispensáveis para os generalizar.
Há entre professores e educadores mais forças de mudança do que de imobilismo e de estagnação. As primeiras são incomensuravelmente mais fortes, e delas depende o futuro educativo dos nossos jovens, que são a razão de ser de qualquer escola.

João Ruivo
ruivo@ipcb.pt

Este texto não segue o novo Acordo Ortográfico

Voltar