O artista plástico português João Robalo, tem patente na sala da Nora, em Castelo Branco, a exposição “As máscaras de João Robalo: outras epidermes da vida”.
A exposição do pintor e ceramista está patente ao público até ao dia 27 de maio e nela estão expostas máscaras em cerâmica elaboradas pelo artista.
Segundo o investigador Pedro Miguel Salvado, “o fantástico conjunto de trabalhos de João Robalo só na aparência é repetitivo. Com efeito, cada elemento é único e afirma ímpares e plurais universos imaginários e comunicacionais”.
Citado em nota enviada à nossa redação, Pedro Salvado adianta que “cada obra assume um carácter escultórico, numa sábia e desafiante combinação de matérias como o couro, o gesso, a madeira, o tecido, o bordado, a lata, o papel, o ouro, conchas, entre outras, unidas numa autêntica collage de identidades”.
Nas composições de João Robalo a mesma forma, qual “estrutura latente” Lévi-Strausiana, é ponte entre as realidades e as representações, replica-se em superfícies que conduzem ao reconhecimento, à rejeição, à ostentação e à interrogação, compondo um inventário-coleção sobre o âmago do nós, dos outros e de todas as circunstâncias. Há máscaras de vida, de morte, da Esperança, do temor, da guerra, do Divino, da viagem. O tempo não se vê. Com as máscaras confirmamos sempre a sua passagem”.
A exposição está integrada na agenda "Cultura Vibra" do Município de Castelo Branco.
Cada obra assume um carácter escultórico, numa sábia e desafiante combinação de matérias unidas numa autêntica collage de identidades.
João Robalo com Salete Afonso, na inauguração.
A mostra pode ser vista até 27 de maio.