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Literacia Escolas devem trabalhar com os ‘media’ para melhorar aptidões

07-09-2022

As escolas devem trabalhar com os ‘media’ para ajudar a melhorar as aptidões e compreensão da produção de conteúdos mediáticos e que as escolas também disponibilizem aos encarregados de educação formação nesta área. Esta é uma das recomendações do estudo ‘EduMediaTest’, que alerta para a necessidade de reforçar as competências de literacia mediática.

O estudo EduMediaTest’, cofinanciado pela Comissão Europeia no âmbito do programa ‘Media Literacy for All , conclui que a literacia mediática dos jovens é melhor ao nível da tecnologia, mas com maiores dificuldades na linguagem.

De acordo com os resultados da fase piloto do ‘EduMediaTest’, uma ferramenta que avalia competências e formação em educação para os ‘media’ e que foi aplicada em sete países europeus, os portugueses estão no mesmo patamar dos outros jovens.

Além de Portugal, onde foram inquiridos 2.636 jovens entre os 14 e os 18 anos, o ‘EduMediaTest’ foi aplicado por entidades da Catalunha (Espanha), França, Irlanda, Eslováquia, Croácia e Grécia.

“A dimensão em que os alunos portugueses, assim como os colegas europeus, são mais competentes é Tecnologia, seguindo-se a dimensão Estética”, refere em comunicado a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).

No estudo, a literacia mediática dos jovens foi avaliada com base em seis dimensões. Além da Tecnologia, que pressupõe a capacidade de trabalhar com as inovações tecnológicas que permitem a comunicação multimédia, e da Estética, foram avaliadas a Receção, Produção e Difusão, Linguagem e Ideologia.

Com uma pontuação média de 14,45 pontos em 60,5, se os jovens portugueses tiveram um bom desempenho em termos de Tecnologia e Estética, revelaram maiores dificuldades na parte da Linguagem.

Essa dimensão inclui, por exemplo, a capacidade de estabelecer relações entre textos, analisar e avaliar mensagens e de se exprimir através de diferentes sistemas de representação e significado.

“Os jovens apresentam (…) níveis mais débeis no que respeita a dimensões que convocam interpretação de informação, uso da linguagem, assim como nas questões da Ideologia ou que se relacionam com o funcionamento dos ‘media’ enquanto negócio ou com a sua regulação, por exemplo”, refere o comunicado.

Portugal superou ligeiramente a pontuação média dos outros seis países europeus em quatro das seis dimensões (Estética, Tecnologia, Produção e difusão, e Linguagem), mas no geral, encontram-se todos num patamar semelhante e as facilidades e dificuldades de uns são idênticas às dos restantes.

“Os resultados dos 8.699 jovens testados no conjunto dos países confirmam a necessidade de investimento na formação ao nível de diferentes competências de literacia mediática”, sublinha o relatório.

Olhando para os resultados dos mais de dois mil alunos portugueses, do 8.º ao 12.º ano de escolaridade em 25 escolas públicas e privadas de todas as regiões do país, as raparigas conseguiram pontuações ligeiramente mais elevadas do que os rapazes.

A pontuação média sobe também consoante a idade dos alunos.

Além dos resultados obtidos no ‘EduMediaTest’, cofinanciado pela Comissão Europeia no âmbito do programa ‘Media Literacy for All’, o relatório refere também que a esmagadora maioria dos jovens tem telemóvel com acesso à Internet e computador próprio, mas são menos de metade os que têm acesso a jornais, revistas ou livros em casa.

O grau académico da mãe também parece influenciar de forma positiva o desempenho dos alunos.

EM com Lusa
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