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Universidade Aveiro pede patente europeia de um sensor colorimétrico para deteção de L-asparagina

15-04-2024

Um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveu um sensor colorimétrico portátil que, através da análise da cor, permite a deteção visual da concentração de L-asparagina em soluções aquosas. A tecnologia está baseada num método simples, rápido e económico, recorrendo a materiais de baixo custo, cujo resultado se baseia na fácil, simples e rápida leitura da alteração da cor do material/suporte utilizado.

A invenção já tem pedidos de proteção a nível nacional e europeu, tendo sido desenvolvida no âmbito do projeto FCT NanoPurAsp – ‘Development of sustainable nanomaterials for the purification of antileukemic drugs’. O grupo, liderado pela investigadora Ana Paula Tavares, inclui Mara Freire, Márcia Neves e João Nunes, que estão atualmente a desenvolver a produção de protótipos em diferentes escalas, bem como a realizar os testes em ambiente simulado, tendo em vista a valorização daquela tecnologia.

A quantificação de L-asparagina reveste-se de especial importância em diversos sectores de atividade. Esta substância está, habitualmente, presente em alimentos com amido. Sob efeito de temperaturas, quando os alimentos são cozinhados acima dos 100 °C, por exemplo, a L-asparagina dá origem a acrilamida, substância com potencial efeito cancerígeno. Atualmente, a concentração da L-asparagina em soluções aquosas é determinada com recurso a técnicas complexas, demoradas e dispendiosas.

A coordenadora, Ana Paula Tavares, explica: “A invenção pode ser aplicada num laboratório de Química para a rápida deteção de gamas de concentrações elevadas. Na área da saúde, pode ser usada para a deteção de L-asparagina em amostras de soro humano de pacientes de leucemia linfoblástica aguda. Na indústria alimentar, pode ser aplicada em amostras de alimentos ricos em amido”.

Nesse âmbito, a equipa de investigação participou no projeto de transferência e valorização do conhecimento científico UI-TRANSFER, dinamizado pela UA, Universidade de Trás-os-Montes, Universidade do Porto, TecMinho e Universidade de Coimbra. Com este projeto, a tecnologia obteve apoio para as provas de conceito, aumentando a sua maturação tecnológica, e participou no evento final, onde, perante um painel de jurados, os investigadores apresentaram a tecnologia.

Adicionalmente, têm sido desenvolvidos esforços de valorização junto de entidades regulatórias europeias na área alimentar, propondo-se esta tecnologia como opção para a análise rápida dos níveis de L-asparagina nos alimentos.

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